Título

DOENÇA DE COATS BILATERAL NO ADULTO: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de apresentação atípica e fora da faixa etária de Doença de Coats. Caso no qual o paciente foi atendido e dado seguimento no próprio hospital.

Relato do Caso

Paciente C.C.S.N, masculino, 66 anos, com queixa de baixa acuidade visual (BAV) central em olho esquerdo (OE), sem sintomas associados. Evoluiu há 3 anos com BAV de olho direito (OD). Nega comorbidades prévias e histórico familiar oftalmológico. Ao exame oftalmológico apresentou acuidade visual com correção OD: 20/80 e OE: conta dedos a 1 metro. Refração OD +2.75//-0.75x105 e OE sem melhora. Biomicroscopia de ambos os olhos (AO) com córnea clara, câmara anterior ampla, pupilas fotorreagentes, fácico. Pressão intraocular AO: 16mmHg. Fundoscopia AO com membrana neovascular sub-retiniana em atividade, com edema macular e bastante exsudato duro. Achados da fundoscopia confirmados por Tomografia de Coerência Óptica (OCT), além de uma cicatriz disciforme em OE (figura 1). Foi realizado também retinografia colorida (figura 2) que apresentou exsudamos duros em região de polo posterior. Após investigação diagnóstica, com exclusão de outras causas, concluímos que se tratava de Doença de Coats. O paciente foi tratado com injeção intravítrea de antiangiogênicos, com melhora parcial da BAV.

Conclusão

A doença de Coats é uma condição rara, de origem idiopática não hereditária, de acometimento unilateral em 95% dos casos, manifestando-se na primeira década de vida. Para um melhor prognóstico visual do paciente, é necessário que seja prontamente diagnosticado e tratado de acordo com sua fase de evolução.