Título

GLAUCOMA INFANTIL COM EDEMA MACULAR MICROCISTICO: RELATO DE CASO

Objetivo

O objetivo deste relato de caso foi sua relevância devido à falta de outros casos semelhantes vistos no literatura. É fundamental que o oftalmologista esteja atento a essas diversas situações em que pacientes graves com glaucoma podem apresentar características confusas em seu exame oftalmológico.

Relato do Caso

Apresentamos o caso de um rapaz de 17 anos, referindo perda progressiva indolor da visão do olho direito nos últimos dois anos. Antes de sua primeira avaliação em nosso serviço o paciente já fazia uso de bimatoprosta 0,3mg/mL e cloridrato de dorzolamina 2,0% todas as noites por 30 dias. O paciente e sua mãe negavam outros sintomas sistêmicos, comorbidades e história familiar pregressa de qualquer espécie. Após o primeiro exame oftalmológico (tabela 1), foram solicitados os seguintes exames: OCT de camadas de fibras nervosas e mácula, campo visual 10-2, paquimetria. Durante o acompanhamento de um ano, a acuidade visual do pacientes variou de 20/80 a 20/50 em OD e OS permaneceu 20/20. A PIO no OD variou de 18 a 23 mmHg e OS de 10 a 18 mmHg tendo trocado de colírio várias vezes. Em uma de suas visitas, uma condensação vítrea peripapilar foi observada na fundoscopia de OD. A decisão naquele momento foi a troca do colírio bimatoprosta para timolol 0,5% e a condensação não foi notada em outras consultas.

Conclusão

Não foi possível encontrar na literatura um caso em em que houve perda peripapilar de OCT de nervo óptico e anormalidades⁴ maculares em um paciente jovem como o nosso. Um dos estudos mais úteis encontrados em relação ao nosso caso foi um estudo retrospectivo conduzido por Wen et al, que analisou pacientes com glaucoma com perda severa de camada de fibras nervosas peripapilar e espessura e topografia macular normais. O estudo realizado em pacientes com idade média de 43,8 anos constatou que a mais comum anormalidade foram alterações microcísticas na camada nuclear interna (CNI) ⁶