Dados do Trabalho


Título

USO DO COMPRIMENTO AXIAL PARA ESTIMAR O VOLUME DA CAMARA VITREA. UM IMPORTANTE PASSO PARA POSOLOGIA INDIVIDUALIZADA DE MEDICAMENTOS INTRAVITREOS.

Objetivo

Desenvolver uma equação para estimar o volume da câmara vítrea (VCV) em pacientes fácicos com base no comprimento axial (CA) do olho.

Método

Uma série de 122 pacientes foram incluídos no estudo, entre 2013 e 2022. Os critérios de inclusão foram: pacientes fácicos com mais de 21 anos, submetidos a cirurgia de vitrectomia devido a buraco macular, a membrana epirretiniana ou a hemorragia vítrea. Os critérios de exclusão foram: pacientes nos quais não se conseguiu realizar biometria óptica. Antes da cirurgia, o CA foi medido usando biometria óptica. Inicialmente foi realizada uma vitrectomia completa com remoção de base vítrea, a seguir foi realizada uma troca fluido-ar. Posteriormente, foi injetado 0,4 mL de solução 0,05% de azul brilhante, e subsequentemente o restante da câmara vítrea foi preenchida com solução salina. Todo volume infundido foi registrado. Na próxima etapa, essa mistura injetada foi substituída por solução salina. Então, para pacientes com diagnóstico de membrana epirretiniana, foi realizada remoção da mesma, enquanto que para pacientes com diagnóstico de um buraco macular, foi removida a membrana limitante interna e realizada nova troca fluido-gasosa.

Resultado

A mediana [intervalo interquartil (IIQ), intervalo mínimo-máximo] de idade foi de 53,5 (18,34-67) anos. Sessenta e cinco indivíduos (58%) eram mulheres. A mediana (IIQ, mín-máx) do CA foi de 23,72 (2,66; 20,01-31,99) mm e a mediana (IIQ, mín-máx) do VCV foi de 5,6 mL (1,8; 3,2-9,8). O coeficiente de correlação de Pearson (r = 0,959; p < 0,01) e o de Spearman (r = 0,975; p < 0,01) foram positivos e o coeficiente de determinação foi de 0,920 para regressão linear e de 0,938 para regressão polinomial quadrática. A equação de regressão linear estimada foi Y = 0,5117x – 6,6284 e a equação de regressão polinomial estimada foi Y = -0,0227x2 + 1,6849x – 21,573, onde Y era o VCV e X o CA.

Conclusão

Esses dados sugerem que o VCV está fortemente correlacionado com o CA e que o VCV poderia ser calculado, usando biometria, para individualizar a posologia de medicamentos intravítreos.

Área

Retina

Instituições

Universidade Federal de Pernambuco - (UFPE) - Pernambuco - Brasil

Autores

GABRIEL ROCHA LIRA, Andrea Vasconcelos, Valesca Neri, Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

Agência Web

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