Título

RESOLUÇAO EXPONTANEA DO EDEMA MACULAR EM OCLUSAO DE RAMO DE VEIA CENTRAL DA RETINA, UM RELATO DE CASO

Objetivo

Avaliar a evolução clínica de paciente com oclusão de ramo da veia central da retina em conduta expectante.

Relato do Caso

Mulher, 62 anos, vem a consulta com queixas de metamorfopsias em olho esquerdo (OE), de início súbito há 1 dia. Apresenta HAS e DM 2 descompensado. Ao exame apresentava acuidade visual (AV) com correção em olho direito (OD) 20/30 e OE 20/70, à biomicroscopia (BIO) sem alterações em ambos os olhos (AO), à fundoscopia (FO) AO cruzamento arteriovenoso patológico, com hemorragia em chama de vela em arcada temporal superior de OE. Realizada tomografia de coerência óptica (OCT) OD sem alterações e OE apresentava espessura foveal aumentada, por pseudocistos nas camadas internas da retina.
A partir dos achados, diagnosticou-se oclusão de ramo de veia central da retina com edema macular em OE, indicado aplicação de antiangiogenico em dose de carregamento e encaminhado paciente para cardiologista a fim de avaliar o risco cardiovascular. Paciente optou por não realizar aplicações por motivos pessoais, sendo agendado retorno em 3 meses para reavaliação.
Após 3 meses do início do quadro, paciente retorna relatando controle das comorbidades e melhora da visão. Ao exame, AV OD 20/30 e OE 20/20, à BIO sem alterações AO, à FO OD sem alterações e OE com discretos exsudatos. OCT compatível com normalidade em AO. A Angiografia: Presença de pontos hiperfluorescentes vistos no polo posterior no decorrer do exame, além de pequenas áreas hipofluorescentes devido a má perfusão vascular, sem sinais de neovascularização de polo posterior.

Conclusão

Quadro compatíveis com obstrução de veia central ou seus ramos devem ser avaliados pelo risco de complicações oculares e sistêmicas. Tratamentos oftalmológicos direcionados podem ser necessários, porém o controle da doença de base torna-se indispensável na melhora clínica e diminuição nas chances de recorrência.

Área

Retina