Dados do Trabalho


Título

PARESIA DO IV NERVO APOS TRAUMA CRANIOENCEFALICO: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Com este estudo, objetiva-se relatar o caso de uma paciente que desenvolveu diplopia por paresia do quarto nervo após trauma cranioencefálico (TCE), os desafios em sua propedêutica, diagnóstico e tratamento.

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 51 anos, em consulta no quarto dia após quadro de TCE moderado em face à direita provocado por queda de bicicleta, referindo quadro de diplopia binocular súbita ao olhar para baixo. Ao exame, apresentava acuidade visual com correção de 20/20 em ambos os olhos. Realizado cover teste e cover teste alternado que demonstrou paciente ortotrópica e ortofórica. Teste de Hirschberg centrado. Sinal de Bielschowsky positivo com discreta hipertropia ipsilateral e piora importante da diplopia quando inclinação da cabeça para o lado acometido, melhora completa da diplopia com inclinação contralateral (anexo 1). Em avaliação neurológica posterior ao trauma, foi realizada ressonância magnética de encéfalo e órbitas sem alterações. Aventada hipótese diagnóstica de paresia do nervo troclear à direita devido à sintomatologia sugestiva de hipofunção do músculo oblíquo superior. Diante da rápida identificação do quadro e mecanismo patológico bem estabelecido, optou-se por tratamento conservador com oclusão total do olho esquerdo. Foi observada melhora progressiva do quadro com a oclusão e com 50 dias de tratamento a paciente já apresentava remissão completa dos sintomas.

Conclusão

O músculo oblíquo superior exerce ações de depressão, abdução e intorsão do olhar. Sua inervação é feita através do IV nervo craniano, cujas fibras apresentam o mais longo trajeto intracranial, sendo, portanto, muito suscetível a injúrias. As paresias do nervo troclear são causadas por traumas em 41,5% dos casos, no entanto, devido à sua sutil sintomatologia, podem apresentar diagnóstico tardio. Um exame oftalmológico minucioso, com foco na avaliação da musculatura ocular extrínseca, permite um diagnóstico clínico precoce e confere melhor prognóstico ao paciente.

Área

Estrabismo

Instituições

Universidade Federal de Uberlândia - (UFU) - Minas Gerais - Brasil

Autores

GLÊNDHA SANTOS PEREIRA, IGOR HENRIQUE OLIVEIRA MATOS

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

Agência Web

Sistema de Gerenciamento desenvolvido por Inteligência Web

67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

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