Dados do Trabalho


Título

MACULOPATIA UNILATERAL APOS EXPOSIÇAO EXCESSIVA AO SOL: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um paciente com maculopatia unilateral após exposição excessiva ao sol.

Relato do Caso

Paciente do sexo masculino, 22 anos, procurou atendimento oftalmológico no HUCFF com queixa de turvação visual no olho esquerdo (OE), de evolução há cerca de três dias após passar o dia inteiro na piscina, referindo exposição solar importante associada à queimaduras extensas pelo corpo. Sem outros sintomas oculares.
Ao exame oftalmológico foi observado acuidade visual corrigida de 20/20 J1 e 20/40 J2 no olho direito (OD) e no OE, respectivamente. Retina aplicada no OD apresentando brilho macular preservado, porém, em OE, a região macular apresentava redução do brilho, com lesão amarelada, comprometendo a fóvea, com diâmetro menor do que um disco óptico. Sem outras alterações.
Aos exames complementares apresentou retinografia que demonstrou OD normal (fig 1A), e em OE, mácula com lesão amarelada em região foveal (fig 2A). À autofluorescência de fundo o OD apresentou-se normal (figura 1B), enquanto no OE foi identificada lesão hipoautofluorescente foveal correspondente a área da lesão da retinografia (fig 2B). À tomografia de coerência óptica (OCT) não identificou nenhuma alteração em OD (fig 1C). No OE, alteração hiperrefletiva em membrana limitante externa na região foveal com descontinuação da zona elipsóide adjacente, e sombra reversa em coróide (fig 2C).
Diante desses achados, considerou-se a hipótese diagnóstica de maculopatia solar (MS) no OE e foi orientado acompanhamento oftalmológico regular. Após 6 meses, atingiu acuidade visual corrigida no OE de 20/30 J2 após 6 meses.

Conclusão

A maculopatia solar consiste em uma afecção foto-traumática da mácula, geralmente bilateral. Não há tratamento específico para MS, por isso, optou-se por acompanhá-lo clinicamente. Destaca-se que, ao contrário do que se esperaria, apresentou comprometimento unilateral. Por isso, o relato demonstra a importância da coleta adequada da história clínica dos pacientes e associação aos achados oftalmológicos, permitindo o diagnóstico preciso.

Área

Retina

Instituições

Departamento de Oftalmologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - Rio de Janeiro - Brasil, Pós-Graduação em Ciências Cirúrgicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

RICARDO NOGUERA LOUZADA, DILLAN CUNHA AMARAL, GUILHERME S. F. COSTA

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

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