Dados do Trabalho


Título

PHOMS NO DIAGNOSTICO DIFERENCIAL DE ELEVAÇAO DE DISCO OPTICO EM PACIENTES JOVENS: UMA SERIE DE CASOS

Objetivo

Descrever o caso de dois pacientes jovens assintomáticos investigados por elevação bilateral de disco óptico.

Relato do Caso

Caso 1
Paciente do sexo masculino, 8 anos de idade, sem queixas, atendido para consulto de rotina. Acuidade visual com melhor correção (AVMC) de 20/20 em ambos os olhos (AO). Biomicroscopia e reflexos pupilares (RFM) sem alterações. Fundoscopia com disco óptico corado (DOC), com bordos elevados e escavação papilar fisiológica (EPF) AO.
A tomografia de coerência óptica (OCT) com Spectralis evidenciou massa hiperrefletiva, ovóide, justapapilar. Angiofluoresceinografia (AGF), autofluorescência e USG sem alterações. Campo visual não confiável, provavelmente devido a efeito aprendizado.
Retorno em 8 e 20 meses, com novos exames estáveis.
Caso 2
Paciente do sexo feminino, 21 anos de idade, encaminhada devido à suspeita de edema do DO em consulta de rotina. AVMC de 20/20 AO. Biomicroscopia e RFM sem alterações. Fundoscopia: DOC, com bordas elevadas e EPF AO.
OCT com Spectralis: massa ovóide hiper-refletiva justapapilar. AGF e autofluorescência sem alterações. USG com DO elevado, sem sinais de drusas (DDO). Campo visual confiável, sem alterações.
Retorno em 5 meses, com novos exames estáveis.

Conclusão

A massa ovoide hiperrefletiva peripapilar (PHOMS) tem sua etiologia ainda desconhecida. Suspeita-se que consista em abaulamento ou herniação de fibras nervosas retinianas. O OCT é fundamental no seu diagnóstico, pois não apresenta autofluorescência e não é detectada por USG. Ela difere de outras condições - como DDO, papiledema e tumores – por não estar associada a perda de fibras peripapilares, ser hiperrefletiva e ter sua localização peridiscal.
Um consenso recente definiu que PHOMS deve ser excluída para definir o diagnóstico de DDO. Com os novos critérios, crianças previamente diagnosticadas com DDO foram reclassificadas com PHOMS após realização de OCT. Num estudo com 38 olhos de 20 crianças com história de DDO, 90% destes tinham PHOMS.
Os casos descritos reforçam a necessidade de considerar PHOMS no diagnóstico diferencial de elevação de DO.

Área

Neuroftalmologia

Instituições

Hospital de Olhos Santa Luzia - Pernambuco - Brasil

Autores

MARILIA ROCHA COSTA, Alexandre Dantas Soares Quintas Segundo, Ednan Cardoso de Sousa

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

Agência Web

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67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

23 a 26 de Agosto de 2023 | Fortaleza/CE

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