Dados do Trabalho


Título

TRATAMENTO DE GRAVE RETINOPATIA NAO-PARANEOPLASICA COM RITUXIMABE

Objetivo

Avaliar a responsividade e evolução de caso de retinopatia autoimune não-paraneoplásica ao tratamento com Rituximabe.

Relato do Caso

Mulher, 60 anos, relata queda de acuidade visual (AV) iniciada em 2015, com piora em 2018. A perda progressiva da visão foi ratificada por tomografia de coerência óptica (OCT), eletrorretinografia e eletrooculograma, aventando a hipótese de distrofia macular do epitélio pigmentar da retina (EPR). Exames realizados posteriormente confirmaram atrofia do EPR e afinamento da retina neurossensorial em região macular em ambos os olhos (AO). No entanto, devido à persistência da baixa AV e do recente quadro de surdez neurossensorial, optou-se por reconsiderar a hipótese de autoimunidade e foi iniciada pulsoterapia com metilprednisolona, sem resposta clínica. A terapia foi então alterada para Rituximabe, aplicado em duas doses com intervalo de 15 dias em agosto de 2021. Isso resultou em parada na evolução agressiva de baixa AV: houve melhora considerável da visão em olho esquerdo (OE) e piora em olho direito (OD). Foram realizadas novas aplicações de rituximabe em 2022. Em janeiro de 2023, a refração indicou nova melhora do quadro. Paciente encontra-se em acompanhamento ambulatorial e satisfeita com o tratamento. Progressão da doença foi estabilizada, como também a acuidade visual.

Conclusão

As RAIs abrangem o tipo paraneoplásico, associada ao câncer e, na ausência de malignidade, a retinopatia autoimune não-paraneoplásica (RAInp). O tratamento com rituximabe, um anticorpo monoclonal anti-CD20, é promissor dentre os disponíveis para a enfermidade, tendo em vista seu potencial de melhora da anatomia e funcionalidade retinal. Contudo, mais estudos e relatos de caso devem ser feitos, pois, como descrito nesse trabalho, os resultados da terapia podem ser irregulares, já que o quadrado da paciente passou por evoluções de piora, melhora e estabilização da doença enquanto tratada com rituximabe. Logo, é importante que se estude um pouco mais sobre a melhor dinâmica de aplicação dessa terapia.

Área

Retina

Instituições

Universidade Federal do Espírito Santo - Espírito Santo - Brasil, Universidade Vila Velha - São Paulo - Brasil

Autores

CARLOS EDUARDO MONTENEGRO DA SILVA, DANIELLE VIEIRA PRAXEDES, THIAGO CABRAL

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

Agência Web

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