ESTUDO COMPARATIVO DO PADRAO DE PERDA E DA DENSIDADE VASCULAR RETINIANA EM OLHOS DE PACIENTES COM ESCLEROSE MULTIPLA, NEUROMIELITE OPTICA, GLAUCOMA NORMOTENSIVO E GLAUCOMA PRIMARIO DE ANGULO ABERTO
Glaucoma e doenças desmielinizantes podem apresentar semelhanças em relação à fisiopatologia e confusão quanto ao diagnóstico. Através da análise funcional (campo visual- CV) e estrutural: espessura da camada de células ganglionares, camada de fibras nervosa e plexiforme interna (GCL ++), densidade vascular macular superficial (DVMs) e profunda (DVMp), densidade vascular do nervo óptico superficial (DVNOs) e profunda (DVNOp) avalia-se a função visual. Com esses dados, investigamos a correlação entre os padrões de perda visual das doenças desmielinizantes, glaucoma de ângulo aberto e de pressão normal.
Dez olhos de 6 pacientes com EM, 10 olhos de 6 pacientes com NMO, 14 olhos de 7 pacientes com GPN e 10 olhos de 5 pacientes com GPAA. A avaliação funcional utilizou o (MD) CV SITA-Standard 24:2 (Humphrey). A avaliação estrutural, através da tomografia e angiotomografia de coerência óptica (OCT e OCTA) (DRI OCT Triton Plus®). Realizou-se o cálculo da média dos quadrantes do GCL++ e os dados segmentares do próprio aparelho para análise da CFN, DVMs, DVMp, DVNOs, DVNOp . Os dados foram submetidos à correlação linear, ANOVA de uma via seguido por pós-teste de Turkey, considerando um nível de significância de 5%.
Os pacientes apresentavam MD semelhantes, com exceção à NMO, devido a gravidade da doença (Figura 1).
No setor nasal superior o GCL++ dos pacientes com GPAA foi maior do que aquele para os pacientes com EM e NMO (pós-teste de Tukey, p<0,05). Não houve diferença com relação as DVMs e DVMp.
Ocorreu diferença entre as patologias na medida do setor nasal das CFN além de setor nasal e inferior da DVNOs (Tabela 1)
Os setores nasal e nasal superior do nervo óptico demonstraram maior acometimento nas doenças desmielinizantes em relação ao glaucoma. Através de nosso estudo, comprovamos que a quantificação das alterações na GCL++ e região inferior da DVNOs podem ser úteis para diferenciar GPAA versus GPN, além de doenças desmielinizantes versus glaucoma.
Neuroftalmologia
Oftalmologia Clínica
Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo - Brasil, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Mato Grosso do Sul - Brasil
GLAUCO BATISTA ALMEIDA, João Américo Domingos, Arthur Andrade Nascimento Rocha, Luiz Guilherme Marchesi Mello, Thais Souza Andrade, Leandro Cabral Zacharias, Rony Carlos Preti, Leonardo Provetti Cunha, Mario Luiz Ribeiro Monteiro
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801