Dados do Trabalho


Título

ENXERTO CUTANEO NO TRATAMENTO DE ECTROPIO CONGENITO DE PALPEBRAS SUPERIORES EM CRIANÇA: RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever caso de ectrópio congênito em paciente pediátrico tratado com transplante de tecido autólogo de face interna do braço sobre músculo orbicular de pálpebras superiores, analisando a eficácia e proposta terapêutica.

Relato do Caso

G.M.S, sexo feminino, 4 anos, nascida a termo, parto normal, com estigmas de síndrome de Down. Foi consultada em serviço oftalmológico em agosto de 2022, sendo encaminhada ao setor de plástica ocular para avaliação de ectrópio congênito de pálpebras superiores e inferiores. À ectoscopia, apresentava fechamento incompleto de pálpebras ao piscar e eversão de pálpebras superiores ao cerrar os olhos de forma voluntária, além de frouxidão de pálpebras superiores. Ao exame, observou-se hiperemia conjuntival e ceratite inferior em ambos os olhos, leucoma em olho direito, além de bell ausente em ambos os olhos. Paciente não apresentava história de cirurgia prévia ou de evento traumático. Foi prescrito lubrificação intensa e proposto conduta cirúrgica, sendo realizado enxerto autólogo de pele de face interna de braço direito sobre o músculo orbicular de pálpebras superiores e cantopexia em pálpebras inferiores. Paciente evoluiu com boa vascularização do enxerto e boa cicatrização de ferida operatória, além de fechamento palpebral efetivo, sendo o resultado considerado esteticamente e funcionalmente satisfatórios, com melhora significativa dos sintomas, persistindo ainda pequeno lagoftalmo noturno.

Conclusão

O ectrópio bilateral congênito das pálpebras superiores e inferiores é uma condição rara. Sua patogênese ainda permanece obscura, porém está frequentemente associada a ictiose lamellar e a Síndrome de Down. Desta forma, o relato de caso evidencia a importância do reconhecimento desta patologia e da abordagem terapêutica a ser utilizada, a fim de prevenir complicações visuais decorrentes da não oclusão palpebral normal. O tratamento do defeito palpebral varia com a severidade do caso. Nos casos graves, com comprometimento corneano, o enxerto de pele é uma excelente opção para corrigir o encurtamento da pele palpebral.

Área

Oculoplástica

Instituições

Escola Cearense de Oftalmologia - Ceará - Brasil

Autores

THAYSSA COSTA BEZERRA, Diego Morais Gomes, Raquel Holanda de Paula Pessoa

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

Agência Web

Sistema de Gerenciamento desenvolvido por Inteligência Web

67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

23 a 26 de Agosto de 2023 | Fortaleza/CE

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