Dados do Trabalho


Título

ESTENOSE BILATERAL DE SEIO VENOSO TRANSVERSO CURSANDO COM PAPILEDEMA – RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de estenose bilateral do seio venoso transverso: os achados fundoscópicos a sua investigação diagnóstica

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 29 anos, negra, natural e procedente de Feira de Santana-BA, obesa. Nega outras comorbidades. Compareceu à consulta de rotina com queixa de cefaleia fronto-occipital bilateral, de forte intensidade, tipo compressiva, com períodos de piora e melhora espontânea. Relatava também baixa de acuidade visual transitória que durava de minutos a horas, flashs visuais, zumbido e vertigem há mais de 30 dias. Ao exame oftalmológico apresentava: Acuidade visual a refração estática: OD: -7,25 <> -1,75 X 105° (20/30) e OE:-6,00 <> -1,00 X 25º (20/30). Motricidade ocular externa: Preservada. Biomicroscopia: Conjuntiva calma, córnea transparente, íris trófica, câmara anterior formada e sem reação, fácica, em ambos os olhos. Reflexo motor e consensual normais. A tonometria de aplanação apresentou pressão intra-ocular de 14mmHg em ambos os olhos. À fundoscopia observou-se presença de hiperemia e edema papilar bilateral com borramento das bordas (figura 1). Paciente foi encaminhada para serviço de Pronto Atendimento para realização de exames de neuroimagem de urgência. A Ressonância Magnética com contraste evidenciou estenose completa do seio transverso à direita e fluxo laminar em seio transverso à esquerda; evidenciou também leve proeminência e tortuosidade do espaço liquórico ao redor dos nervos ópticos (Figura 2). Nesse contexto, em atuação conjunta, a equipe multidisciplinar, neurologia e neuroftalmologia chegou ao diagnóstico de papiledema bilateral secundário a estenose de seios transversos, e optou-se pela indicação de terapia intervencionista, por meio de “Stent” via angiográfica cerebral.

Conclusão

O diagnóstico do papiledema é sempre um desafio. Causas estruturais e vasculares devem ser descartadas. A realização de um exame oftalmológico minucioso, além da interação multidisciplinar entre oftalmologia e neurologia se faz necessária nesse contexto para um melhor acompanhamento e tratamento desses pacientes.

Área

Neuroftalmologia

Instituições

Hospital de Olhos de Feira de Santana (CLIHON) - Bahia - Brasil

Autores

MARCUS DAVID PEIXINHO LOBO, Rafaella Rehem Machado, Hermelino de Oliveira Neto

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

Agência Web

Sistema de Gerenciamento desenvolvido por Inteligência Web

67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

23 a 26 de Agosto de 2023 | Fortaleza/CE

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