Título

OSTEOMA DE COROIDE OU CICATRIZ DE COROIORRETINITE? RELATO DE CASO

Objetivo

Objetivo: Relatar o caso de uma paciente encaminhada ao departamento de uveíte de um serviço referência em oftalmologia, devido a um osteoma de coroide confundido com cicatriz de coriorretinite.

Relato do Caso

Relato de caso: Paciente A.O.F., 57 anos, sexo feminino, comparece para consulta oftalmológica geral de rotina, com queixa de irritação ocular intermitente. Nega redução de acuidade visual, metamorfopsias ou defeitos de campo visual. Sem antecedentes médicos e/ou oftalmológicos. Ao exame, acuidade visual melhor corrigida de 20/20 parcial em olho direito e 20/25 em olho esquerdo, biomicroscopia sem achados e fundoscopia evidenciando escavação fisiológica em ambos os olhos e olho direito com lesão hipocrômica subrretiniana sem presença de neovascularização, já o olho esquerdo sem alterações. Foi realizado mapeamento de retina, e em seguida paciente foi encaminhada para avaliação pelo departamento de uveíte devido à suspeita de cicatriz de coriorretinite. Seus exames laboratoriais para investigação de uveíte apresentaram apenas resultados inespecíficos como toxoplasmose, citomegalovírus e herpes vírus imunoglobulina G positivos. Para complementação diagnóstica foi realizado OCT de mácula e retinografia que elencaram a suspeita de osteoma de coroide.

Conclusão

Conclusão: Osteoma de coroide é um tumor benigno raro, bem delimitado e de origem óssea que se desenvolve na região justapapilar ou macular, mais comumente em mulheres (90% dos casos). Em sua maioria o acometimento é unilateral (75%) e até 30% das vezes pode ser assintomático. Em seus estágios iniciais apresenta coloração alaranjada, depois torna-se branco-amarelada, podendo confundir jovens oftalmologistas com cicatrizes de coriorretinite. Uma anamnese detalhada associada a exames complementares e de imagem, permitem diferenciar tais lesões adequadamente.