ESOTROPIA COMITANTE ADQUIRIDA AGUDA RELACIONADA AO USO DE TELAS: UM RELATO DE CASO
Descrever caso de Esotropia Comitante Adquirida Aguda (ACEA) relacionada ao uso de Smartphone
Paciente hígido, sexo masculino, 50 anos, com quadro de diplopia aguda, pior ao final do dia, desde março de 2021.
Uso médio superior a 4 horas diárias de telas devido ao aumento de atividades home office com a pandemia de Covid-19. Em uso de óculos monofocais para perto.
Ao exame: Acuidade Visual não corrigida de 20/20 em ambos os olhos; Retinoscopia estática: OD +0,25 - 0,50x180 e OE +050 - 0,25x180; Cover test com prisma: Esotropia para longe e perto de 20 dioptrias prismáticas em todas as posições do olhar; Teste de 4 luzes de Worth: diplopia homônima; movimentos extraoculares sem alterações; segmento anterior e posterior sem alterações. Exame clínico neurológico e ressonância magnética do cérebro sem alterações. Orientadas medidas para controle do uso de telas, com redução do desvio em 3 dioptrias, mas sem melhora da diplopia. Realizado recuo dos retos mediais de 4,0mm em OD e 3,5mm em OE.
30° dia de pós operatório: AVSC de 20/20 AO; Cover test com prisma: ortotropia para longe e esoforia de 9 dioptrias prismáticas para perto. Paciente sem diplopia.
A esotropia aguda comitante adquirida relacionada ao uso de smartphones pode ser induzida pelo aumento do tônus dos retos mediais, em consequência a um trabalho próximo sustentado. Ela pode ser tratada reduzindo-se o tempo de uso de telas e, na ausência de melhora, com recuo dos retos mediais.
Faz-se importante o conhecimento sobre o tema e caso em questão, para que possamos desenvolver e orientar, adequadamente, medidas de controle preventivas aos pacientes.
Estrabismo
Hospital São Geraldo - Minas Gerais - Brasil, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Minas Gerais - Brasil
SEBASTIAN ENRIQUE MENDOZA CARDOZO, MARIANA PRATES STARLING PEREIRA, GALTON CARVALHO VASCONCELOS
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