Título

MACROADENOMA HIPOFISARIO: RELATO DE CASO

Objetivo

O macroadenoma hipofisário é um tumor benigno de crescimento insidioso. Os pacientes acometidos costumam procurar inicialmente o oftalmologista devido as alterações visuais. O objetivo deste trabalho é alertar para o cuidado no diagnóstico precoce pelo risco de comprometimento visual irreversível.

Relato do Caso

Paciente, sexo masculino, 46 anos, professor, procurou atendimento oftalmológico com queixa de baixa acuidade visual (BAV) em olho direito (OD) iniciada há 10 dias. Negava comorbidades prévias, traumas oculares e cirurgias oftalmológicas. Ao exame oftalmológico, AV CC OD= 20/200, OE= 20/25. Biomicroscopia ambos olhos sem alterações. Fundoscopia lente de 20D: OD> nervo óptico hipocorado, escavação fisiológica, brilho macular normal, retina aplicada // OE> sem alterações. Realizado OCT macular e Topografia de Córnea ambos olhos que não evidenciaram alterações. Campo visual evidenciou campo negro em OD, normalidade em OE. Angiografia normal ambos olhos. Aventou-se a hipótese de lesão central, paciente realizou Ressonânica Magnética de Crânio (RNM) que evidenciou lesão expansiva selar com componente suprasselar , medindo 4,1 x2,3x 2,2 cm de diâmetro, comprimido quiasma óptico assimetricamente e assoalho do terceiro ventrículo, compatível com macroadenoma hipofisário com degeneração cística. Tal achado explica as diferenças campimétricas visuais. A partir deste diagnóstico, paciente foi encaminhado ao serviço de referência em neuroendocrinologia, realizando tratamento cirúrgico. Após, evoluiu com acuidade visual OD: 20/100 e OE: 20/25.

Conclusão

Pacientes portadores de lesões neuroftalmológicas podem ser diagnosticados no exame oftalmológico devido baixa da acuidade visual ou alterações de campo visual. Infere-se, pois, a importância do exame oftalmológico completo associado a exames complementares na investigação, a fim de descartar outros diagnósticos diferenciais. O diagnóstico precoce é imprescindível para um bom prognóstico visual.