Dados do Trabalho


Título

SINDROME DE HORNER NA INFANCIA: QUAIS AS CAUSAS? CONSIDERAÇOES A PARTIR DO RELATO DE UM CASO RARO.

Objetivo

Relatar caso de Síndrome de Horner na infância.

Relato do Caso

M. N. S., 7 anos, levado pela mãe a serviço de referência por ptose palpebral direita
desde o nascimento. Negavam outras queixas, morbidades atuais ou prévias, alergias,
uso de medicamentos e história familiar de doenças oculares ou sistêmicas. À
inspeção, observava-se ptose discreta de pálpebra superior direita, heterocromia de
íris (mais clara à direita) e anisocoria (pupila menor à direita), a qual se acentuava com
a diminuição da luz ambiente. Para ambos os olhos, a acuidade visual sem correção era
de 20/20, a biomicroscopia dos segmentos anterior e posterior e a pressão intraocular
eram normais. O reflexo fotomotor direto e consensual estava preservado
bilateralmente, assim como as versões oculares.
Suspeitando-se de Síndrome de Horner (SH), questionou-se se a criança suava
bilateralmente. A resposta foi de que apenas um dos lados do rosto enrubescia ao
exercitar-se, o que foi confirmado com foto após prática de esporte.

Conclusão

A SH é uma condição incomum, causada pela interrupção da via oculossimpática em
algum ponto do trajeto do hipotálamo à órbita, e caracterizada por miose relativa,
ptose palpebral e anidrose. Primariamente, é adquirida, sendo secundária a doenças
locais ou sistêmicas ou, ainda, a causas iatrogênicas. Na população pediátrica, há
relato de que 42% dos casos sejam congênitos, 42% sejam adquiridos após cirurgia no
tórax, pescoço ou sistema nervoso central, e 15% sejam adquiridos sem intervenção
cirúrgica. Outros apontam neuroblastoma, cirurgia cardiotorácica prévia e
anormalidades congênitas importantes para a metade dos casos, não havendo causa
identificada para a outra metade. Para o caso da criança de 7 anos aqui apresentado,
com a síndrome desde o nascimento, exibindo, além da tríade clássica, heterocromia
de íris e o sinal do arlequim, sem história de trauma perinatal ou de comorbidades,
solicitamos ressonância magnética da espinha cervical, do pescoço, cabeça e órbitas
até T2, e assumimos, inicialmente, ser de natureza congênita primária.

Área

Neuroftalmologia

Instituições

Universidade Federal da Paraíba (UFPB) - Paraíba - Brasil

Autores

GUSTAVO NABUCO FARO DANTAS BAPTISTA, YANNE VIANA SOUZA NABUCO, ISABELLA WANDERLEY DE QUEIROGA EVANGELISTA

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

Agência Web

Sistema de Gerenciamento desenvolvido por Inteligência Web

67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

23 a 26 de Agosto de 2023 | Fortaleza/CE

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