IMPORTANCIA DO ACOMPANHAMENTO REGULAR EM PACIENTES COM ALTA MIOPIA: UM RELATO DE CASO
Descrever seguimento oftalmológico de longa data em paciente com alta miopia e suas complicações.
Feminina, 4 anos, levada pela mãe por piora da acuidade visual (AV) em 2008. Nega antecedentes oftalmológicos e em uso de óculos (-9,50 AO). Refere encefalocele com 45 dias de vida, alta miopia familiar e irmão com Sindrome de West. Refração (RX) OD -19,00 -1,50 150º AV/cc 20/400 e OE -8,50 -2,50 5º AV/cc 20/100, biomicroscopia (BIO) normal, motilidade extrínseca ocular (MEO) KR/cc X(T)30^/X(T)'30^ preferindo OD, mapeamento de retina (MR) OD atrofia macular cicatricial e fundo miópico AO. Acompanhada desde os 4 anos de idade , evoluiu com rotura em ferradura às 12h e descolamento de retina (DR) em calha 360º OD, procedendo à retinopexia pneumática. No pós operatório, evoluiu com PIO OD 30 mmHg, suspeita de glaucoma corticogênico. Posteriormente, apresentou DR na periferia nasal superior, demandando nova cirurgia com buckle no OD. Após 1 ano, teve episódio de iridociclite. Em 2023, aos 18 anos, quadro ocular estável e tratamento psicológico.
A alta miopia leva ao aumento axial do globo ocular e devido a esse aumento, esses pacientes possuem elevado risco de DR, glaucoma, catarata, entre outras complicações oculares. O presente relato ilustra a importância da identificação precoce, tratamento adequado e acompanhamento para controlar a progressão da miopia e risco de complicações.
Oftalmopediatria
Instituto Suel Abujamra - São Paulo - Brasil
MARINA GASPARINO RANI, BERNARDO PRZYSIEZNY, MARCIA FERRARI PEREZ
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