Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: ANISOMETROPIA ASSOCIADA A SINDROME DE MORNING GLORY

Objetivo

Relatar o caso de um paciente diagnosticado com anisometropia associada à síndrome de Morning Glory. Sua nomeclatura foi dada por Kindler em 1970 devido ao aspecto do nervo óptico que se assemelha à uma flor tropical conhecida como "Morning Glory".

Relato do Caso

Paciente sexo masculino, 6 anos de idade, raça branca, acompanhado da mãe com queixa de estrabismo convergente percebido com um ano de idade.
Ao exame oftalmológico, apresentou: acuidade visual 20/30 e 20/60, refração com cicloplegia +1.50 e -6.00 -3.00 180, para os olhos direito e esquerdo, respectivamente, reflexos fotomotores normais em ambos os olhos. Pelo método de Krimsky apresenta esotropia de 45 dioptrias prismáticas, não havia alterações na biomicroscopia de ambos os olhos. Na fundoscopia observou-se no olho direito retina brilhante e aplicada, disco róseo com escavação fisiológica e no olho esquerdo papila com bordos mal definidos, rodeada por áreas de despigmentação com a cabeça do nervo óptico em forma de funil, tecidos gliais hiperplásicos brancos e elevados que ocupam o centro do disco, vasos da retina retificado e com distribuição radial. Realizamos retinografia colorida para documentação do quadro.

Conclusão

A síndrome de Morning Glory é uma patologia congênita do nervo óptico, esporádica e rara, causada pelo fechamento anormal da fissura embrionária com herniação externa do disco e tecidos peripapilares. Tem caráter idiopático e predominantemente se apresenta de forma unilateral, tendo poucos relatos na literatura de acometimento bilateral.
A maioria dos casos se apresenta na primeira infância com diminuição da visão que pode variar desde ausência de percepção luminosa até visão normal. Pode estar associada a várias alterações oculares, incluindo estrabismo, nistagmo, coloboma de cristalino e cisto de corpo ciliar. Aproximadamente 30% dos quadros podem desenvolver descolamento de retina. Alguns casos podem estar associados à malformações renais, respiratórias e neurológicas. Embora não haja tratamento, o acompanhamento periódico do quadro é necessário.

Área

Retina

Instituições

CENTRO OFTALMOLÓGICO HOSPITAL DIA - Mato Grosso - Brasil

Autores

CAMILA AZEVEDO, ALANDERSON PASSOS FERNANDES CASTRO, JESSICA TEIXEIRA CUNHA GATTAS

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

Agência Web

Sistema de Gerenciamento desenvolvido por Inteligência Web

67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

23 a 26 de Agosto de 2023 | Fortaleza/CE

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