Dados do Trabalho


Título

NEURITE OPTICA POR ESCLEROSE MULTIPLA EM HOMEM JOVEM: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de Neurite óptica em homem jovem com diagnóstico de esclerose múltipla

Relato do Caso

Paciente, sexo masculino, 21 anos, deu entrada no setor de emergência da oftalmologia com queixa de baixa acuidade visual (AV) em olho esquerdo (OE) associada a dor a motilidade ocular ipsilateral há 10 dias. Nega perda de campo, discromatopsia e demais queixas oftalmológicas. Nega antecedentes patológicos e familiares. Ao exame físico apresentava AV 20/20 em olho direito e 20/50 em OE além de defeito pupilar aferente relativo em OE. A biomicroscopia anterior e o campo visual sem achados significativos. Ao exame do fundo de OE foi evidenciado discreto edema de disco óptico. Paciente foi internado em unidade hospitalar para investigação diagnóstica; tomografia de crânio/órbitas, líquor, sorologias e eletroforese de proteínas negativas para os principais diagnósticos diferenciais. Realizada ressonância nuclear magnética de crânio com desmielinização da substância branca. Avaliado por neurologista e fechado o diagnóstico de esclerose múltipla. Realizada o preparo e a pulsoterapia com metilprednisolona e uso de corticoide via oral por tempo prolongado. Paciente evoluiu com melhora dos sinais, sintomas e da AV no olho acometido para 20/30, sem novos episódios de exacerbações.

Conclusão

A esclerose múltipla é predominante no sexo feminino, em uma proporção de 2 para 1. Até 20% dos pacientes têm neurite óptica como apresentação clínica inicial e 75% dos pacientes têm pelo menos um episódio ao longo de sua vida. Ressalta-se a importância do diagnóstico precoce, principalmente, quando não houver sintomas neurológicos iniciais e em pacientes do sexo masculino pela menor prevalência. O prognóstico visual após o primeiro episódio de neurite óptica é tipicamente bom com ou sem o uso de corticosteroides. Os sintomas visuais, como diminuição da AV, defeitos no campo visual e defeitos na visão de cores, se recuperam dentro de semanas a meses. A maioria dos pacientes atinge visão 20/20 um ano após um episódio agudo, enquanto 8% dos pacientes mantêm uma AV pior que 20/40.

Área

Neuroftalmologia

Instituições

Hospital Santo Amaro - São Paulo - Brasil

Autores

THIAGO DE SOUZA PERUSSOLO, José Laércio de Araújo Filho

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

Agência Web

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67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

23 a 26 de Agosto de 2023 | Fortaleza/CE

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