CORRELAÇAO ENTRE A SENSIBILIDADE RETINIANA AVALIADA PELA MICROPERIMETRIA E A AVALIACAÇAO ESTRUTURAL PELO OCT APOS CIRURGIA DE MEMBRANA EPIRRETINIANA MACULAR
Verificar a correlação entre os parâmetros de sensibilidade retiniana (SR) avaliada pela microperimetria (MP3, Nidek) e as alteração estruturais pela tomografia de coerência óptica (OCT) em olhos submetidos à vitrectomia posterior (VP) para remoção das membranas epirretiniana (MER) e limitante interna (MLI).
30 olhos foram submetidos a VP para tratamento de MER. A acuidade visual com melhor correção (BCVA) e as imagem volumétricas tridimensionais do OCT foram adquiridas no pré-operatório. Seis meses após a cirurgia, BCVA, OCT e SR foram avaliados. Os parâmetros OCT analisados incluíram: a espessura macular total e do complexo da camada de células ganglionares (GCC). Cistos, desorganização das camadas internas da retina (DRIL) e alterações da retina externa foram avaliados. Os parâmetros MP3 testados foram 44 pontos cobrindo 20 graus centrais, com correspondência direta com os 9 setores do mapa ETDRS.
Parâmetros SR foram significativamente menores em pacientes. As medidas da espessura macular total foram mais espessas do que os controles no pré-operatório e significativamente reduzidas no pós-operatório. As medidas pré-operatórias do GCC foram maiores do que os controles, mostrando uma redução significativa no pós-operatório e foram significativamente menores quando comparadas aos controles. Olhos com a presença de DRIL no pré-operatório apresentaram a menor SR na fóvea. Menores valores de SR foram associados a presença de DRIL, alterações retinianas externas e cistos presentes nos período pós-operatório.
As medidas da espessura macular permanecem maiores após a cirurgia de ERM. Por outro lado, a espessura do GCC foi significativamente reduzida após a cirurgia, sugerindo uma atrofia dessa camada. Apesar da grande melhora visual apresentada por todos pacientes, os parâmetros SR foram significativamente menores do que nos controles.DRIL, alterações retinianas externas e cistos foram fatores de mau prognóstico para recuperação da função visual após cirurgia de ERM.
Retina
Oftalmologia Cirúrgica
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - São Paulo - Brasil, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) - Minas Gerais - Brasil
LEONARDO PROVETTI CUNHA, Aline Mota Freitas Matos, Raphael Lucas Sampaio Defina , Luciana Virginia Ferreira Costa-Cunha, Leandro Cabral Zacharias , Rony Carlos Preti, Mario Luiz Ribeiro Monteiro
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