Dados do Trabalho


Título

A IMPORTANCIA DO OCT DE CORNEA E SEGMENTO ANTERIOR PARA MANEJO DAS CERATITES INFECCIOSAS

Objetivo

Relatar um caso de ceratite infecciosa com cultura negativa e utilização do OCT de córnea para avaliação da integridade da membrana de Descemet.

Relato do Caso

Paciente do sexo masculino, 42 anos com quadro de dor, fotofobia e lacrimejamento em olho esquerdo comparece ao ambulatório, já em uso de Ciprofloxacino e Dexametasona pomada + Moxifloxacino colírio de 8/8 horas. Relatava história de descolamento de retina em olho esquerdo com abordagem de vitrectomia e colocação de óleo de silicone em Fevereiro de 2022. Ao exame biomicroscópico, apresentava úlcera central maior que 2mm, placa endotelial extensa.
Na segunda consulta, manteve monoterapia com moxifloxacino em esquema de úlcera grave, foi iniciado doxaciclina 100mg de 12/12 horas por 15 dias e depois 1 vez ao dia por mais 15 dias.
Com a clínica e história pregressa de cirurgia ocular e uso prolongado de corticóide tópico, a principal hipótese diagnóstica era invasão da câmara anterior por agente fúngico (Candida). Foi solicitado coleta de material para cultura e exame de microscopia confocal in vivo. O resultado da cultura foi negativo e o paciente não pode realizar o exame de microscopia confocal por impossibilidade financeira.
Neste caso, a utilização da avaliação de tomografia de alta resolução (OCT) de córnea e câmara anterior contribuiu para o diagnóstico, avaliar o comprometimento das camadas da córnea e para acompanhamento. O Exame evidenciou placa endotelial extensa com membrana de Descemet íntegra e câmara anterior preservada.
Paciente evoluiu bem com tratamento, apesar de cultura negativa, obtivemos evolução positiva do caso com o uso de antibióticos.

Conclusão

A ceratite infecciosa é uma causa importante de morbidade ocular. Possui diagnóstico clínico difícil, por isso o diagnóstico microbiológico e o tratamento imediato podem evitar um prognostico visual ruim. Suas etiologias podem ser variadas como infecções por bactérias, fungos, parasitas. Neste caso, onde o paciente apresentava cultura negativa, o uso do OCT para descartar infecção fúngica foi essencial para o manejo clínico.

Área

Córnea

Instituições

INSTITUTO DE OFTALMOLOGIA DO RIO DE JANEIRO - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

LUDMILA GONCALVES FERREIRA REIS, Isabel Alves Brasil, Gustavo Bonfadini

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

Agência Web

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67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

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