LUZ INTENSA PULSADA NO TRATAMENTO DO OLHO SECO E DA DISFUNÇAO DAS GLANDULAS DE MEIBOMIUS EM PACIENTES COM SINDROME DE STEVENS-JOHNSON E NECROLISE EPIDERMICA TOXICA
Avaliar a eficácia da Luz Intensa Pulsada (LPI) no tratamento do olho seco e da disfunção das glândulas de Meibômius (DGM) e avaliar
características de superfície em pacientes com síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) e necrólise epidérmicatóxica (NET).
Estudo prospectivo intervencionista que analisou 20 pacientes com SSJ e NET em fase crônica (mais de 1 ano desde o diagnóstico) tratados com LPI (ETHEREA-MX®). A pesquisa consistiu em 5 visitas. Os pacientes foram submetidos a 3 sessões de tratamento com LPI no D0, após 2 e 4 semanas. Um protocolo de avaliação dos sinais e sintomas de olho seco foi aplicado na visita pré-tratamento, após 4, 8 e 12 semanas consistindo em: Questionário OSDI; nível elevado de MMP-9 InflamaDry® (Quidel Corporation, EUA); Teste de Schirmer 1 e meniscometris; Tempo de ruptura do filme lacrimal (TBUT); Avaliação espessura da camada lipídica por inferferometria e das glândulas meibomianas pelo escore de qualidade e meibomiografia; Coloração da córnea com fluoresceína; Coloração conjuntival com lissamina verde e hiperemia da conjuntiva bulbar.
O estudo incluiu 20 pacientes SSJ ou NET (39 olhos), 14 mulheres e 6 homens (Tabela 1), que foram submetidos a 3 sessões de IPL. Não ocorreram complicações importantes ou persistentes. A avaliação pré-tratamento do olho seco demonstrou que esse grupo de pacientes apresenta olho seco grave. Após 12 semanas, observou-se melhora nos sinais e sintomas demonstrado pelos parâmetros analisados no protocolo de avaliação aplicado (Tabela 2).
A prevalência de olho seco severo e DGM é alta entre os pacientes com SJS e NET, levando a um grande impacto na qualidade de vida relacionada à visão. A LPI parece ser segura e eficaz na melhora dos sinais e sintomas da relacionados à seperfície ocular e da homeostase do filme lacrimal em pacientes com SSJ e NET. Estudos adicionais serão necessários para estabelecer um protocolo de tratamento específico para este grupo de pacientes.
Córnea
Oftalmologia Clínica
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo - Brasil
RAFAEL JORGE ALVES DE ALCANTARA, TAIS HITOMI WAKAMATSU, FLAVIO EDUARDO HIRAI, MYRNA SERAPIÃO DOS SANTOS, VANESSA FAVERO DEMEDA, TELMA PEREIRA BARREIRO, ALESSANDRA YOSHIE TAKIISHI, JOSE ALVARO PEREIRA GOMES
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801