Sessão de Relato de Caso


Código

GR17

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - USP

Autores

  • MOISES MOURA DE LUCENA (Interesse Comercial: NÃO)
  • RENATA MORETO (Interesse Comercial: NÃO)
  • FRANCYNE REIS VEIGA CYRINO (Interesse Comercial: NÃO)

Título

REMOÇAO DE CORPO ESTRANHO METALICO SUB-RETINIANO: ALTERAÇOES ELETRORRETINOGRAFICAS ORIENTANDO A DECISAO CIRURGICA

Objetivo

Relatamos a decisão cirúrgica em um caso de corpo estranho intraocular (CEIO) com base em exames de imagem e eletrofisiológicos.

Relato do Caso

Um jovem com queixa de escotoma visual no olho esquerdo (OE) após trauma com objeto desconhecido enquanto trabalhava como carpinteiro há 1 dia. A acuidade visual no exame inicial era de 20/20 em ambos os olhos. A biomicroscopia de OE apresentava laceração da conjuntiva e esclera medindo 1 mm de diâmetro próximo à carúncula, sem alterações na câmara anterior. O fundo de OE mostrou uma região elevada na retina nasal inferior. OCT revelou uma lesão hiperrefletiva sub-retiniana na topografia previamente descrita, sugestiva de CEIO (imagem 1). Como o paciente apresentava excelente acuidade visual, optou-se por realizar um exame de eletrorretinograma de campo total (ffERG) para avaliar possível toxicidade retiniana pelo CEIO em um período de 7 dias. Avaliando as respostas do OE aos estímulos, e comparando com a resposta do olho direito, notamos uma diminuição da amplitude de resposta ao longo dos sete dias. Os dados inequívocos de toxicidade retiniana tornaram obrigatória a remoção do IOFB. Assim, foi realizada vitrectomia posterior via pars plana e remoção do IOFB. Um mês após a cirurgia, o paciente apresentou acuidade visual de 20/40 no olho esquerdo, desorganização das camadas retinianas na topografia do corpo estranho, porém com região macular preservada (imagem 2).

Conclusão

Sabe-se que a presença de um corpo estranho metálico causa alterações estruturais e funcionais na retina. Em casos com boa acuidade visual e poucas alterações macroscópicas da retina, o ERG é uma ferramenta útil na avaliação e detecção de toxicidade. Nesses casos, reavaliações seriadas são cruciais para a identificação precoce da toxicidade retiniana e para a decisão terapêutica.

Promotor

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Organização

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