Sessão de Relato de Caso


Código

GR05

Área Técnica

Estrabismo

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Autores

  • GABRIELA TOMAZ MARTINHO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Maria Auxiliadora Monteiro Frazão (Interesse Comercial: NÃO)
  • Luis Eduardo Morato Rebouças de Carvalho (Interesse Comercial: NÃO)

Título

USO DE TRIANCINOLONA COMO MODULADOR INFLAMATORIO E CICATRICIAL NA CIRURGIA DE ESTRABISMO

Objetivo

Esse estudo objetiva apresentar um caso clínico com ótima resposta após o uso de triancinolona em uma paciente submetida a cirurgia de estrabismo após abordagem prévia.

Relato do Caso

Paciente, 66 anos, sexo feminino, com histórico de toxoplasmose congênita, baixa de visão em ambos os olhos, com comprometimento maior do olho direito. Desenvolveu uma ambliopia a direita com provável fixação paramacular nesse olho. Relata exotropia (XT) desde os 19 anos (imagem 1), sendo submetida a cirurgia para correção do desvio 4 anos depois, permanecendo-se estável. Após 10 anos, desenvolveu uma esotropia (ET) com limitação de abdução do olho direito (imagem 2). Houve um prejuízo não só estético como também de visão periférica no campo visual a dextroversão. Ao exame apresentava uma ET 35 DP, com restrição de -1,0 do reto lateral do olho direito (imagem3). No intra-operatório, realizou--se ressecção do reto lateral e retrocesso do reto medial lateral do olho direito, associado a injeção de Triancinolona 0,15 mL na concentração de 40 mg/mL em ambos os músculos (imagem 4). No pós-operatório recente, 2 dias, paciente apresentou ainda uma ET discreta (imagem 5). Após 1 mês, paciente apresentou-se praticamente sem desvio e sem limitação a abdução, satisfeita com procedimento e com bom resultado cirúrgico (imagem 6).

Conclusão

Apesar do uso dessas substâncias não ser garantia de bons resultados, diversos estudos demonstram uma melhora na modulação inflamatória, principalmente com a triancinolona, e, consequentemente, desfechos mais favoráveis em casos de reabordagem cirúrgica. Ao analisarmos o resultado cirúrgico imediato, observamos, aparentemente, uma hipocorreção do desvio. Contudo, o resultado tardio, mostrou uma estética final bastante satisfatória. Isso deve-se tanto a história natural desses casos que tendem a divergência quanto ao poder modulatório do corticoide no processo inflamatório. Como a Triancinolona trata-se de um corticoide de depósito, há resistência inicial de ajustes precoces no pós-operatório imediato, evitando intervenções demasiadas.

Promotor

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Organização

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