Sessão de Relato de Caso


Código

RC068

Área Técnica

Estrabismo

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC)

Autores

  • GLAUCIA REGIA MOURA SILVA NOBRE (Interesse Comercial: NÃO)
  • Rafaela de Castro Almeida Alexandre (Interesse Comercial: NÃO)
  • Carolina Freitas Costa Magalhães Soares Bianchi (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PARALISIA DE III NERVO CRANIANO: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de uma criança que apresentou paralisia de III nervo craniano (NC) , sem doenças neurológicas associadas, aos 02 anos de idade e o tratamento oftalmológico realizado.

Relato do Caso

Criança, do sexo feminino, 05 anos, procedente de Itapipoca -CE comparece ao ambulatório de Estrabismo do Instituto dos Cegos do Ceará, com ptose em olho direito (OD) associado a hipotropia, estrabismo divergente e midríase paralítica iniciados aos 02 anos. Nega traumas. Foi submetida anteriormente a um procedimento cirúrgico, onde foi realizado ressecção de 9 mm em reto medial (RM) e recuo de 9 mm em reto lateral (RL) de OD. Ao exame oftalmológico, observou-se limitação de elevação, depressão e adução em OD. Não apresentou alterações na motilidade do olho esquerdo (OE). Foi evidenciado uma exotropia de 40 dioptrias por Hirschberg sem correção (SC). A acuidade visual encontrada foi pior que 20/400 em OD e 20/30 em OE SC. Biomicroscopia, pressão intraocular e fundo de olho normais em AO. Foram solicitados ressonâncias de crânio e órbita, que descartaram causas neurológicas. Após parecer da Plástica Ocular , foi sugerido nova conduta cirúrgica para correção de exodesvio. Durante o ato cirúrgico, o músculo RL do OD foi encontrado a 15 mm do limbo, sendo então realizada tenotomia livre. O músculo oblíquo superior de OD foi ressecado e reinserido entre o músculo reto superior (RS) e o RM . Foi realizado ainda a ressecção de 6 mm do RM. Paciente segue em acompanhamento, em ortotropia, sem apresentar mudanças no padrão do desvio.

Conclusão

Na paralisia completa de III NC, observamos exotropia, diplopia e ptose palpebral, enquanto na incompleta ocorre um déficit relacionado a um ou mais músculos. Esse quadro gera um estrabismo paralítico de tratamento complexo, com técnicas cirúrgicas que se destinam a manter olho voltado à posição primária do olhar. Múltiplas cirurgias podem ser necessárias para se obter um bom alinhamento ocular, pois o tratamento cirúrgico tende a hipocorreção e recorrências frequentes a longo prazo.

Promotor

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Organização

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