Código
RC169
Área Técnica
Órbita
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade de São Paulo (USP)
Autores
- GUSTAVO CARDOSO DE PAULA (Interesse Comercial: NÃO)
- Renata Martins Maia (Interesse Comercial: NÃO)
- Allan Christian Pieroni (Interesse Comercial: NÃO)
Título
CARCINOMA MUCOEPIDERMOIDE COM INVASAO ORBITARIA: UM RELATO DE CASO
Objetivo
Este relato descreve um caso orbitopatia aguda precedida por sintomas de infecção das vias aéreas superiores atendido no Pronto Atendimento, que foi inicialmente tratado como celulite orbitária. A propedêutica cirúrgica e anatomopatológica posteriormente possibilitou diagnosticar um carcinoma mucoepidermoide de alto grau de fossa nasal e seio etmoidal com invasão orbitária.
Relato do Caso
Paciente de 78 anos, masculino, natural e procedente de São Paulo, iniciou sintomas de via aérea superior à direita em fevereiro de 2022. Evoluiu após duas semanas com dor, proptose, quemose e vermelhidão ocular ipsilateral. Procurou o pronto socorro oftalmológico onde foi prescrito antibiótico oral por 10 dias, sem melhora do quadro. Foi suspeitado então de sinusite complicada com abscesso periorbitário, iniciada antibioticoterapia de amplo espectro endovenosa e programada abordagem cirúrgica de drenagem. No intra-operatório foi observado pequena quantidade de secreção e identidicada e ressecada massa tumoral. O exame anatomopatológico evidenciou carcinoma mucoepidermóide de alto grau de fossa nasal direita/seio etmoidal com invasão de órbita direita (IHQ: p63 +/ Ck5/6 +/ TTF1/PSA/CDX2 -). O paciente evoluiu com erosão óssea das lâminas cribiformes e acometimento intracraniano associada a paquimeningite. Foi encaminhado à enfermaria da oncolgia em maio. Realizado Radioterapia conformacional em olho direito/seio nasal e linfonodo retrofaríngeo (3000 cGy), 10 frações. A equipe assistente optou por conduta expectante pela extensão da lesão e morbidade cirúrgica associada a nova ressecção.
Conclusão
Os tumores que acometem a órbita apresentam uma diversidade de espectros clínicos e tipos histopatológicos. As lesões malignas da cavidade nasal e seios paranasais são extremamente raras e cerca de 10% dos casos de carcinoma mucoepidermóide ocorrem em outros epitélios fora das glândulas salivares. Deve-se levar em consideração a história clínica, exame físico e exames complementares, em especial os exames de imagem, para chegar a um diagnóstico acurado das patologias orbitárias agudas
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801