Sessão de Relato de Caso


Código

GR10

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Autores

  • FILLIPE LAIGNIER RODRIGUES DE LACERDA (Interesse Comercial: NÃO)
  • FIRMANI MELLO BENTO DE SENNE (Interesse Comercial: NÃO)
  • GRAZIELA MASSA REZENDE (Interesse Comercial: NÃO)

Título

NEUROPATIA OPTICA TRAUMATICA (NOT): ABORDAR OU OBSERVAR? RELATO DE UM TRATAMENTO COM ESTEROIDE

Objetivo

Relatar um caso de NOT tratada com esteroide e questionar sobre a abordagem ativa ou expectante.

Relato do Caso

Paciente, sexo feminino, 13 anos, vítima de traumatismo cranioencefálico em porção temporal esquerda, após queda do telhado de 3 metros. Queixava amaurose em olho esquerdo (OE) após o trauma. Equipe da neurocirurgia descartou alterações pela tomografia de crânio. Na avaliação oftalmológica, realizada no leito, versões estavam preservadas, acuidade visual sem correção (AVSC) em OE variada, ora percepção luminosa (PL), ora conta dedos, hematoma palpebral, anisocoria com diferença de 0,4mm, maior em OE e fundoscopia sem alteração. Avaliada no dia seguinte, no setor de oftalmologia, com AVSC 20/20 no olho direito e PL em OE. Mantinha hematoma e anisocoria, restante do exame sem alterações. A ressonância magnética demonstrou edema do nervo óptico na porção intracraniana associada a fratura da asa menor do osso esfenoide esquerdo e pneumoencéfalo. Não houve avulsão do nervo, então, em conjunto com a equipe de neurologia, decidiu-se pelo tratamento com pulsoterapia de metilprednisolona 625mg por 3 dias associado a albendazol 400mg por 5 dias e ceftriaxona 1g 12/12h. No retorno em 2 semanas, a AVSC OE chegou a 20/20 e, mantinha ao exame, a anisocoria.

Conclusão

A NOT pode ser direta ou indireta e gerar danos permanentes pela perda secundária de células ganglionares devido ao edema local. A fisiopatologia ainda é pouco compreendida e, por isso, não há consenso no manejo. A descompressão do nervo óptico com esteroide, cirurgia ou ambos são uma tentativa de melhora do prognóstico visual. O corticoide reduz o vasoespasmo, edema e dano celular na dose de metilprednisolona de 15 a 30 mg/kg, sem diferença significativa com uso da dexametasona. Quanto à cirurgia, apesar dos relatos de melhora visual significativa, há risco de complicações como meningite. Portanto, cada caso deve ser avaliado individualmente, até que estudos comprovem o risco-benefício da intervenção em relação a conduta expectante.

Promotor

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