Código
RC231
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Médico de Ohos SA
Autores
- ERICH JUERGEN KLEIN (Interesse Comercial: NÃO)
- Leandro Jerez Chaves (Interesse Comercial: NÃO)
- Hamilton Moreira (Interesse Comercial: NÃO)
Título
HEMANGIOMA DE COROIDE DIFUSO NA SINDROME DE STURGE WEBER
Objetivo
Relatar um caso de hemangioma de coroide difuso associado à Síndrome de Sturge Weber, e aprimorar o conhecimento científico sobre essa condição específica.
Relato do Caso
Neste relato descrevemos o caso de uma mulher, de 31 anos, que compareceu a uma consulta oftalmológica de rotina, sem queixas agudas. Ao exame externo notou-se de imediato o nevo facial "vinho do porto" (nevus flammeus), em que se suspeitou da Síndrome de Sturge Weber. Antecedente oftalmológico: ambliopia de OE (sic). Ao exame oftalmológico apresentou drusas em disco óptico de olho direito (OD), e aumento de escavação de disco óptico do olho esquerdo (OE), tonometria de 10 mmhg (OD) e 20 mmHg (OE). Em comparação, houve uma assimetria de escavação do D.O., sendo maior em OE. Gonioscopia sem alteraçoes. Foi introduzido Timolol 0,5% para redução da pressão intraocular. Ao exame de fundoscopia notou-se fundo em molho de tomate de OE. Ao exame de ecografia identificou-se um espessamento difuso da coroide de OE.
Conclusão
Pacientes com síndrome de Sturge-Weber podem apresentar hemangiomas difusos de coroide. Acredita-se que a formação de hemangiomas difusos de coroide em pacientes com a síndrome ocorra devido à má formação dos vasos sanguíneos que ocorre na síndrome. Apesar de ser considerado uma condição rara, é importante considerar o hemangioma difuso de coroide como um possível diagnóstico em pacientes com lesões vasculares na coroide. O diagnóstico pode ser difícil devido à ausência de sinais e sintomas característicos. O hemangioma difuso de coróide é um tumor vascular benigno raro que pode afetar pacientes de todas as idades, e causar perda de visão progressiva. A detecção precoce e o tratamento adequado podem prevenir a perda de visão e outras complicações, como o glaucoma secundário. A escolha do tratamento deve ser individualizada para cada paciente, considerando o tamanho da lesão e a presença de sintomas.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801