Código
RC098
Área Técnica
Neuroftalmologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade de São Paulo (USP)
Autores
- GABRIEL HENRIQUE GUIMARAES OLIVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- João Victor Mendes de Oliveira (Interesse Comercial: NÃO)
- Kelvin Ferrari Corniani (Interesse Comercial: NÃO)
Título
HIPERTENSAO INTRACRANIANA IDIOPATICA DE APRESENTAÇAO ATIPICA
Objetivo
A hipertensão intracraniana idiopática (HII) é uma doença caracterizada pelo aumento da pressão intracraniana sem causa aparente, podendo resultar em danos permanentes ao nervo óptico e à visão. É mais comum em mulheres jovens e obesas, mas pode ocorrer em qualquer idade e sexo. O diagnóstico de HII é feito por meio de exame oftalmológico e neurológico, além de exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética. O tratamento da HII é baseado em medicamentos que reduzem a produção de líquor. Este relato de caso tem como objetivo descrever a apresentação clínica atípica paciente de 20 anos com baixa de acuidade visual súbita em olho esquerdo associado a cefaleia com apresentação atípica de exames oftalmológicos com suspeita de quadro de uveíte como diagnóstico diferencial
Relato do Caso
Paciente do sexo feminino, 20 anos, com antecedentes de epilepsia na infância, apresentou cefaleia intensa e baixa acuidade súbita em olho esquerdo, iniciado há cerca de 30 dias do atendimento. Em revisão de sistemas, paciente referia ganho de massa corporal nos últimos 2 anos. À biomicroscopia, apresentava hiperemia ocular leve, injeção ciliar, e reação de câmara anterior 1-2+ em ambos os olhos. Na fundoscopia, nervo óptico com edema 4+, presença de hemorragia peridiscais, manchas algodonosas, exsudação em vítreo e formação de estrela macular. Aos exames, pressão de abertura de líquor elevada, bainha de nervo óptico espessada à ressonância magnética, sorologias negativas. Realizado tratamento empírico para Hipertensão Intracraniana Idiopática com Acetazolamida, com melhora dramática da acuidade e campo visual.
Conclusão
A HII é uma doença que pode levar a danos permanentes no nervo óptico. O diagnóstico precoce e o acompanhamento clínico e oftalmológico é essencial para a prevenção de sequelas e prevenir a progressão da doença. Este relato destaca a importância da investigação completa, com exclusão de uveítes, e precoce de pacientes com baixa acuidade visual e cefaleia, permitindo um diagnóstico preciso e tratamento adequado da HII.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801