Sessão de Relato de Caso


Código

RC136

Área Técnica

Oculoplástica

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Fundação Leiria de Andrade

Autores

  • MARIA DE FÁTIMA MONTEIRO DE CASTRO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Cecília Ribeiro Carneiro (Interesse Comercial: NÃO)
  • Lissa Beltrão Fernandes (Interesse Comercial: NÃO)

Título

Exenteração de órbita por melanoma conjuntival: um relato de caso

Objetivo

Relatar caso de melanoma conjuntival recidivado após exérese com crioterapia, evoluindo com lesão extensa e metastática resultando em exenteração orbitaria.

Relato do Caso

I: A. A. R., 95 anos, sem comorbidades. H.M.A: Em 2016, o paciente procurou atendimento por lesão pigmentada em conjuntiva bulbar à esquerda, sem sintomas associados, que surgira há 6 meses. Foi realizada exérese de lesão com crioterapia e estudo anátomopatológico evidenciou melanoma conjuntival. Paciente perdeu seguimento durante a pandemia por COVID-19 e retornou em 2023 com lesão extensa exofítica acometendo porção anterior da órbita associada a dor intensa e saída de secreção serossanguinolenta de forte odor. À TC de órbita os ossos estavam preservados e sem invasão de seios pelo tumor. Indicou-se exenteração orbitaria com fins paliativos e higiênicos. Foi sucedida exenteração sem enxertos (para reduzir o tempo cirúrgico) e com cicatrização por segunda intenção. Paciente evoluiu satisfatoriamente, com boa cicatrização e melhora da dor.

Conclusão

O melanoma conjuntival é um tumor ocular raro de etiologia pouco esclarecida que apresenta-se como massa nodular ou elevada de pigmentação variada e tem como sítio principal a região perilimbar interpalpebral. É um tumor maligno com alta capacidade de invasão de tecidos adjacentes e metástases sistêmicas pelo potencial de difusão linfonodal. Pode surgir sem lesão preexistente ou a partir da transformação de lesões melanocíticas prévias. O tratamento de lesões suspeitas ou malignas consiste na exérese da lesão mais crioterapia. A exenteração orbitaria, que resume-se à retirada de todo conteúdo orbitário, era o tratamento de escolha para a patologia há alguns anos, porém comprovou-se a não diminuição na taxa de metástase, sendo indicada em casos de neoplasia com invasão orbitaria e como tratamento paliativo para tumores extensos com metástases sistêmicas. Concluimos a exigência do diagnóstico e do tratamento precoce, além do acompanhamento continuado, a fim de identificar recidivas imaturas e evitar desfechos desfavoráveis.

Promotor

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Organização

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67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

23 a 26 de Agosto de 2023 | Fortaleza/CE

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