Código
RC211
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Clínica Oftalmológica do Hospital Geral de Fortaleza
Autores
- VICTOR ANDRADE DE ARAUJO (Interesse Comercial: NÃO)
- FELIPE DE QUEIROZ TAVARES FERREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
DISTROFIA DE COROIDE CENTRAL POLAR POSTERIOR: UM RELATO DE CASO COM ANALISE MULTIMODAL
Objetivo
Distrofia de coroide central polar posterior é uma doença rara que se caracteriza pela perda de epitélio pigmentar da retina (EPR) e da coriocapilar. Envolve o polo posterior até as arcadas vasculares, podendo circundar o nervo óptico. Objetivo é descrever aspectos clínicos e de imagem da distrofia de coroide central polar posterior, em análise multimodal.
Relato do Caso
Feminina, 66 anos, com redução progressiva da acuidade visual bilateral há 21 anos. Visão turva em hemicampo visual nasal do OD, metamorfopsia e nictalopia. Melhor acuidade visual corrigida de conta dedos a um metro em OD (E.E – 0,50) e 20/80 em OE (plano). Biomicroscopia de segmento anterior dentro da normalidade e pressão intraocular de 16mmHg AO. Histórico familiar desconhecido para doenças da retina. Nega comorbidade sistêmica e ocular prévia. Exames de imagem do caso (imagem 1) mostram: retinografia com área de atrofia bilateral de EPR e coriocapilar em região macular entre as arcadas, acometendo zona peripapilar. Autofluorescência (FAF) com área de hipoautofluorescência em polo posterior e área concomitante de hipo e hiperautofluorescência, estendendo até região peripapilar (zona trizonal). Angiofluoresceinografia com hiperfluorescência irregular peripapilar e perilesional. Tomografia de coerência óptica (OCT) com atrofia predominante de retina externa em região macular com redução da espessura da coroide.
Conclusão
Desse modo, o padrão clínico e de imagem descrito no caso é compatível com distrofia de coroide central polar posterior. Há poucos relatos dessa distrofia, uma doença rara que implica em grave acometimento visual. O estudo dessa patologia é necessário para maior entendimento de sua fisiopatologia e desenvolvimento de opções terapêuticas.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801