Sessão de Relato de Caso


Código

RC267

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal de Alagoas (UFA)

Autores

  • FELIPE EMANUEL BIDA BARROS (Interesse Comercial: NÃO)
  • FERNANDA MAYARA SANTOS SANTANA (Interesse Comercial: NÃO)
  • RAPHAEL TEIXEIRA COSTA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

RELATO DE CASO: CORIORRETINOPATIA HEMORRAGICA EXSUDATIVA PERIFERICA

Objetivo

Relatar caso de coriorretinopatia hemorrágica exsudativa periférica (PEHCR) como diagnóstico diferencial de melanoma de coroide.

Relato do Caso

Homem, 87 anos, branco, queixando-se de turvação visual há 2 meses, pior em olho direito. Nega dor e outras queixas. Ao exame, acuidade visual corrigida de CD a 50 cm OD e CD a 3m OE. Ectoscopia normal. Fundo de olho OD: hemorragia vítrea parcial e lesão elevada subrretiniana em região temporal inferior de aspecto avermelhado com áreas verde-amareladas ocupando mais de um quadrante. OE com vítreo claro. Presença de cicatriz disciforme em ambas as máculas. Ultrassonografia do olho direito evidenciou opacidade vítrea sugestiva de hemorragia, lesão periférica temporal de baixa-media refletividade heterogênea (3,01 mm x 17,11 mm). OCT de mácula mostrou cicatriz disciforme e sem fluido bilateral. O diagnóstico diferencial com melanoma de coroide foi considerado. No acompanhamento ao longo de 3 meses a lesão subrretiniana temporal foi progressivamente regredindo espontaneamente.

Conclusão

PEHCR é um processo degenerativo que normalmente se apresenta bilateral e simétrico, tendo como epidemiologia mais frequente idosos e caucasianos. A doença se caracteriza por mobilização ou atrofia de epitélio pigmentar da retina (EPR), exsudação ou hemorragia sub-retiniana e hemorragia vítrea. A PEHCR pode simular um melanoma de coroide e portanto a importância do conhecimento da doença para adequada diferenciação. Ela geralmente se apresenta como uma massa elevada, normalmente temporal, entre o equador e ora serrata e envolve 1 ou 2 quadrantes. A PEHCR em sua maioria se resolve espontaneamente, permanecendo atrofia e hiperplasia de EPR e fibrose. O caso relatado trata-se de um homem idoso, com alterações clínicas e ultrassonográficas que simulam melanoma de coroide, mas com evolução e epidemiologia que favorecem o diagnóstico de PEHCR.

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