Sessão de Relato de Caso


Código

RC220

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Universitário Onofre Lopes/UFRN

Autores

  • HELOISA ALVES DOS SANTOS (Interesse Comercial: NÃO)
  • ANTÔNIA TÁVORA PINHO ROSADO VENTURA (Interesse Comercial: NÃO)
  • CARLOS ALEXANDRE DE AMORIM GARCIA FILHO (Interesse Comercial: NÃO)

Título

DOENÇA DE EALES: UM RELATO DE CASO ATIPICO

Objetivo

Discutir sobre a doença de Eales, vasculite idiopática e que tem seu diagnóstico firmado após exclusão de outras etiologias.

Relato do Caso

R.V.S., sexo feminino, 37 anos, cabeleireira, hígida, atendida em julho de 2022, relatava borramento visual súbito em olho direito há 15 dias, sem outras queixas associadas. Ao exame, a acuidade visual para longe era 20/30 em olho direito (OD) e 20/20 olho esquerdo (OE). Biomicroscopia sem alterações. No exame de fundo de olho, apresentava microhemorragias em OD, OE sem alterações. Na Tomografia de Coerência Óptica, era possível visualizar edema macular cistóide e na angiofluoresceínografia, havia extravasamento em microaneurismas da arcada temporal superior associado à isquemia periférica em OD (Anexo 1). Diante da suspeita diagnóstica de doença de Eales, foi iniciada corticoterapia em dose imunossupressora (1mg/kg/dia), seguida de desmame lento. Paciente realizou investigação de doenças hematológicas, reumatológicas e infecciosas para exclusão de outras causas de eventos tromboembólicos, que não mostraram anormalidades. Após 3 meses, foi submetida à panfotocoagulação à laser para reduzir chances de recorrências e a paciente evoluiu com melhora da acuidade visual (AVL 20/20 AO), além da regressão do edema macular (Anexo 2), permanecendo sem recidivas ou alterações do quadro clínico até o momento.

Conclusão

Doença de Eales é uma periflebite oclusiva retiniana idiopática, geralmente bilateral em homens jovens, o que difere deste caso relatado em mulher jovem de forma unilateral. Se manifesta como áreas avasculares na periferia da retina, microaneurismas, e tortuosidade dos vasos retinianos. Apresenta uma fase inflamatória, levando a eventos vasooclusivos, e consequente isquemia e neovascularização. Pode evoluir com hemorragia vítrea e descolamento de retina. Deve ser considerada após eventos tromboembólicos, sendo necessário a exclusão de outras etiologias. O tratamento consiste em uso de anti-VEGF e panfotocoagulação à laser e deve ser imposto precocemente para controle da doença e de suas complicações.

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

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