Sessão de Relato de Caso


Código

RC058

Área Técnica

Doenças Sistêmicas

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: HOFTALON

Autores

  • LORENA SAVI GASPAR (Interesse Comercial: NÃO)
  • LARA FABRE PEREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • DANIELLE KAMIJI (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PARALISIA DO TERCEIRO PAR CRANIANO SECUNDARIA AO HERPES ZOSTER OFTALMICO

Objetivo

Relatar um caso raro de paralisia do III par craniano secundária ao Herpes Zoster Oftálmico (HZO).

Relato do Caso

Paciente do sexo masculino, 61 anos, branco, natural de Londrina, apresentou-se ao pronto socorro oftalmológico do Hospital de Olhos de Londrina (HOFTALON) com quadro de lesões vesiculares que evoluíram para crostas em região de couro cabeludo e fronto-temporal à esquerda.Três dias após ao inicio da lesões, apresentou redução de acuidade visual, dor ocular e ptose à esquerda. Paciente portador de hipertensão arterial sistêmica e lesão congênita de quadril. Negava antecedentes oftalmológicos. Ao exame oftalmológico, acuidade visual de 0,4 no olho direito (OD) e de conta-dedos 1 metro no olho esquerdo (OE). Ao exame de biomicroscopia do OE, reação de câmara anterior e média midríase reagente. Tonometria de aplanação 16 e 22 mmHg à direita e esquerda, respectivamente. Fundoscopia sem alterações. Ao exame da motilidade ocular extrínseca apresentava oftalmoplegia à esquerda com paralisia de reto medial, superior e inferior, além de ptose palpebral. Sorologias para infecciosas negativa, exceto Sorologia IgM Herpes Zoster positivo (3,4 / valor de referência >1,1). A análise do líquor, mostrou pressão de abertura normal, proteínas = 170 mg/dl, glicose = 53 mg/dl, leucócitos = 4/mm3. Foi realizada ressonância magnética (RM) que evidenciou hiperssinal em T2 de musculatura ocular extrínseca de reto medial, reto lateral, reto inferior e reto superior à esquerda. O tratamento foi realizado em regime hospitalar com aciclovir e metilprednisolona parenteral, além de tratamento tópico com corticóide e cicloplégico. Após dois meses de seguimento, o paciente evoluiu com acuidade visual de 0,15 em ambos os olhos com melhora total da ptose palpebral e da motilidade ocular extrínseca.

Conclusão

A paralisia do terceiro par craniano é uma complicação rara do HZO. O uso de antiviral associado ao corticosteroide sistêmico parece auxiliar no controle da doença e na recuperação da acuidade visual e da motilidade ocular.

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

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