Código
RC272
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Autores
- CAROLINA JIMENEZ MIRANDA (Interesse Comercial: NÃO)
- DANIEL DINIZ CHALHOUB COELHO LIMA (Interesse Comercial: NÃO)
- DANIEL D'CARLOS GONÇALVES (Interesse Comercial: NÃO)
Título
RETINITE IDIOPATICA, VASCULITE, ANEURISMAS E NEURORRETINITE (IRVAN): UM RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar um caso de Síndrome de IRVAN em um paciente com alterações retinianas características ao exame oftalmológico.
Relato do Caso
Paciente J.A.O, 58 anos, encaminhado para o ambulatório de retina com passado de neurite óptica em olho esquerdo (OE) há 7 anos de etiologia a esclarecer. Ao exame oftalmológico, acuidade visual do olho direito (OD) 20/20 e OE conta dedos. Biomicroscopia anterior e pressão intraocular em ambos os olhos sem alterações. Biomicroscopia posterior em OD sem alterações e em OE aumento da tortuosidade vascular, edema macular, exsudato duros em região macular, macroaneurismas e descolamento de retina seroso em região temporal. Realizado Retinografia (Figura 1), Tomografia de Coerência Óptica (OCT – Figura 2) com numerosos espaços cistoides intraretinianos e perda da zona elipsoide e da membrana limitante externa na região central, e uma Angiofluoresceinografia (AGF – Figuras 3 e 4) com hiperfluorescência nas áreas de macroaneurismas, hiperfluorescência tardia do disco óptico e áreas de hipofluorescência por não perfusão capilar. Diante dos achados, foi feito o diagnóstico de síndrome de IRVAN e encaminhado o paciente para sessões de panfotocoagulação, além do seguimento ambulatorial.
Conclusão
Síndrome de IRVAN é uma condição rara e idiopática, mais prevalente em mulheres jovens, geralmente sem manifestações sistêmicas associadas, caracterizada por critérios maiores (vasculite retiniana, neurorretinite e aneurismas arteriais) e menores (não perfusão capilar na periferia, neovasos retinianos e exsudato macular) (1,2). A realização de exames como OCT e AGF são fundamentais para a identificação e manejo da síndrome (3). Atualmente, o tratamento padrão ouro é a panfotocoagulação a laser nas áreas de isquemia da retina (4). Portanto, reconhecer precocemente essas alterações é essencial para estabelecer a melhor terapêutica, em tempo adequado, para os pacientes.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801