Sessão de Relato de Caso


Código

GR15

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Autores

  • ANA CATHARINA PINHO COSTA (Interesse Comercial: NÃO)
  • MARLOS HENRIQUE SOUZA DE OLIVEIRA JUNIOR (Interesse Comercial: NÃO)
  • ANDRÉ BARBOSA CASTELO BRANCO (Interesse Comercial: NÃO)

Título

EPITELIOPATIA PIGMENTAR PLACOIDE MULTIFOCAL POSTERIOR AGUDA BILATERAL ASSOCIADA A INFECÇAO PELO VIRUS HERPES: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar caso de Epiteliopatia Pigmentar Placoide Multifocal Posterior Aguda (EPPMPA) associada à infecção pelo vírus Herpes, evoluindo com recuperação visual completa após tratamento.

Relato do Caso

Paciente sexo feminino, 18 anos, relata baixa acuidade visual (AV) em ambos os olhos (AO) há 11 dias, precedida por cefaleia. Evoluiu com piora progressiva da AV, fotopsias e moscas volantes. Há 2 dias, notou alteração na fala e na marcha, foi a serviço de emergência e realizou TC de crânio e RM de encéfalo, sem alterações. Ao exame, AV com correção (cc) AO: conta dedos a 20 cm. Biomicroscopia anterior AO: olho calmo, reação de câmara anterior 1+, reflexo fotomotor +. Pressão intraocular: 12 mmHg em olho direito (OD) e 14 mmHg em olho esquerdo (OE). Mapeamento de retina AO: traços de células vítreas, descolamento de retina (DR) seroso acometendo todo polo posterior, mais concentrado na periferia inferior. Exame neurológico: fala arrastada, assimetria ao piscar e ataxia cerebelar, com suspeita de Rombencefalite viral pela equipe da neurologia. Tomografia de Coerência Óptica de mácula (OCT) AO: DR neurossensorial, principalmente em polo posterior, e áreas de descolamento bacilar. Angiofluoresceinografia AO: áreas de hipofluorescência precoce com hiperfluorescência por vazamento, formando pooling em área de DR seroso, compatível com EPPMPA. Hemograma, FR, PCR, sorologias para toxoplasmose, HIV, citomegalovírus e VDRL estavam dentro da normalidade, exceto sorologia IgM para herpes que foi positiva. Análise do líquor: 97% de linfócitos, sem outras alterações. Prescrito tratamento intravenoso com Metilprednisolona 1g/dia por 5 dias e Aciclovir, seguido por corticoide oral em desmame. Após o tratamento, paciente evoluiu com AVcc de 20/20 AO. Novo OCT mostrou melhora do DR AO.

Conclusão

A EPPMPA é uma patologia rara, e, embora idiopática, parece ser desencadeada por resposta imunológica a agentes infecciosos. Seu diagnóstico correto e tratamento precoce são importantes para evitar sequelas em pacientes com acometimento da fóvea e do sistema nervoso central.

Promotor

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