Código
RC026
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
Autores
- ALINE RAMOS DA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
- Emerson Oliveira Horta Martins (Interesse Comercial: NÃO)
- Mariane de Melo Silveira (Interesse Comercial: NÃO)
Título
DEGENERAÇAO MARGINAL PELUCIDA EM PACIENTE COM MEMBRANA NEOVASCULAR: RELATO DE CASO
Objetivo
O objetivo deste trabalho é apresentar o caso de um paciente, portador de miopia degenerativa, com degeneração marginal pelúcida.
Relato do Caso
J.N.R, masculino, 84 anos, encaminhado ao Ambulatório de Córnea do HC-UFTM por suspeita de ectasia corneana em olho esquerdo. Paciente, alto míope, era acompanhado no Ambulatório de Retina do referido serviço, por ser portador de membrana neovascular (diagnosticada à angiofluoresceinografia) e já fora submetido a três aplicações intravítreas de aflibercepte, sem melhora na acuidade visual. Ao exame, apresentava acuidade visual com correção de 20/60 em olho direito (OD) e conta dedos a 2 metros em olho esquerdo (OE). À biomicroscopia evidenciavam-se: córneas transparentes, sem vascularização periférica em ambos os olhos (AO), área de afilamento estromal inferior – beer belly – em OE (Figura 1) e pseudofacia em AO. À fundoscopia, notava-se coroidose miópica em AO, além de membrana neovascular justafoveal em OE. Diante desses achados foi realizada a tomografia de córnea. Em OD não havia alteração, enquanto em OE era nítida uma área de afilamento periférico, com o mapa topográfico revelando o astigmatismo irregular característico (Figura 2). Após avaliação clínica e exames complementares, confirmou-se o diagnóstico de degeneração marginal pelúcida e, como tratamento inicial, foi proposto lentes de contato rígidas esclerais para melhora da acuidade visual. Com o sucesso do tratamento, o paciente passou de conta dedos a dois metros para 20/60 em olho esquerdo.
Conclusão
A degeneração marginal pelúcida é uma ectasia corneana rara e afeta homens e mulheres. Clinicamente é possível notar um afilamento corneano, principalmente em periferia inferior, fornecendo uma imagem característica em "asa de borboleta”, assim como descrito acima. Com este trabalho, salientamos a importância dos diagnósticos diferenciais em pacientes já “rotulados” com determinadas condições patológicas, como a miopia degenerativa.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801