Código
P06
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão/HU/UFMA
Autores
- PAULO HENRIQUE SIMOES DA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
- LUCIANA MAGALHAES REBELO ALENCAR (Interesse Comercial: NÃO)
- ROBERTA JANSEN DE MELLO FARIAS (Interesse Comercial: NÃO)
- ERICK RAFAEL DIAS RATES (Interesse Comercial: NÃO)
- Ralph SANTOS-OLIVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- CHARLES DE ALMEIDA (Interesse Comercial: NÃO)
- ERICO MURILO MONTEIRO CUTRIM (Interesse Comercial: NÃO)
- LETICIA FREITAS DE AQUINO (Interesse Comercial: NÃO)
- ELAINE DE PAULA FIOD COSTA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ANÁLISE DAS PROPRIEDADES BIOFÍSICAS E BIOMECÂNICAS DA CÓRNEA DE PACIENTES COM CERATOPATIA BOLHOSA
Objetivo
O objetivo deste trabalho é analisar, por meio da Microscopia de Força Atômica (AFM), as propriedades biofísicas e biomecânicas de algumas camadas da córnea, tanto de amostras saudáveis (C), quanto de amostras com Ceratopatia Bolhosa (CB).
Método
Trata-se de um estudo experimental multidisciplinar. A análise utilizou olhos cadavéricos de doadores humanos de córneas (C) e botões corneanos removidos de pacientes submetidos a transplante de córnea (CB). Para caracterização em AFM, os tecidos foram fixados em lâminas de vidro de 13 mm de diâmetro e analisadas no AFM em ar. Foi possível obter curvas de força em cada pixel da imagem obtida em altas frequências, gerando mapas de alta resolução.
Resultado
Imagens foram obtidas das camadas epitelial, membrana basal do epitélio, estroma, membrana de Descemet e endotélio. A análise ultraestrutural mostrou, principalmente, como cada camada sofre interações estruturais adquiridas pela CB. A análise de suas propriedades biomecânicas foi possível somente nas camadas epitelial e endotelial. Para o epitélio, a rugosidade média foi de 3,2 ± 0,83 nm (controle) e 14 ± 4,43 nm (CB). A força de adesão média foi de 2,84 ± 0,63 nN (controle) e 7,82 ± 2,02 nN (CB). Para o endotélio, rugosidade média foi de 10,99 ± 2,2 nm (controle), 13,35 ± 3,34 nm (CB). A força de adesão média foi: 17,7 ± 6,03 nN (controle), 12,28 ± 4,4 nN (CB).
Conclusão
Córneas com CB apresentam alterações ultraestrururais que geram um aumento da permeabilidade a moléculas de água desde camadas superficiais até as mais profundas, facilitando inclusive a invasão de micro-organismos. Diferenças na adesão e rugosidade da camada epitelial podem indicar o processo de fibrose que acontece nos estágios mais avançados da doença e na camada endotelial, o mecanismo compensatório da célula para cobrir espaços vazios provocados pela morte celular.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801