Sessão de Relato de Caso


Código

RC123

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Autores

  • GUSTAVO NABUCO FARO DANTAS BAPTISTA (Interesse Comercial: NÃO)
  • YANNE VIANA SOUZA NABUCO (Interesse Comercial: NÃO)
  • ISABELLA WANDERLEY DE QUEIROGA EVANGELISTA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

SINDROME DE HORNER NA INFANCIA: QUAIS AS CAUSAS? CONSIDERAÇOES A PARTIR DO RELATO DE UM CASO RARO.

Objetivo

Relatar caso de Síndrome de Horner na infância.

Relato do Caso

M. N. S., 7 anos, levado pela mãe a serviço de referência por ptose palpebral direita desde o nascimento. Negavam outras queixas, morbidades atuais ou prévias, alergias, uso de medicamentos e história familiar de doenças oculares ou sistêmicas. À inspeção, observava-se ptose discreta de pálpebra superior direita, heterocromia de íris (mais clara à direita) e anisocoria (pupila menor à direita), a qual se acentuava com a diminuição da luz ambiente. Para ambos os olhos, a acuidade visual sem correção era de 20/20, a biomicroscopia dos segmentos anterior e posterior e a pressão intraocular eram normais. O reflexo fotomotor direto e consensual estava preservado bilateralmente, assim como as versões oculares. Suspeitando-se de Síndrome de Horner (SH), questionou-se se a criança suava bilateralmente. A resposta foi de que apenas um dos lados do rosto enrubescia ao exercitar-se, o que foi confirmado com foto após prática de esporte.

Conclusão

A SH é uma condição incomum, causada pela interrupção da via oculossimpática em algum ponto do trajeto do hipotálamo à órbita, e caracterizada por miose relativa, ptose palpebral e anidrose. Primariamente, é adquirida, sendo secundária a doenças locais ou sistêmicas ou, ainda, a causas iatrogênicas. Na população pediátrica, há relato de que 42% dos casos sejam congênitos, 42% sejam adquiridos após cirurgia no tórax, pescoço ou sistema nervoso central, e 15% sejam adquiridos sem intervenção cirúrgica. Outros apontam neuroblastoma, cirurgia cardiotorácica prévia e anormalidades congênitas importantes para a metade dos casos, não havendo causa identificada para a outra metade. Para o caso da criança de 7 anos aqui apresentado, com a síndrome desde o nascimento, exibindo, além da tríade clássica, heterocromia de íris e o sinal do arlequim, sem história de trauma perinatal ou de comorbidades, solicitamos ressonância magnética da espinha cervical, do pescoço, cabeça e órbitas até T2, e assumimos, inicialmente, ser de natureza congênita primária.

Promotor

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Organização

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67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

23 a 26 de Agosto de 2023 | Fortaleza/CE

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