Título

COMPARAÇAO DE PERFIS DE PRESSAO INTRAOCULAR E MUDANÇAS FISIOLOGICAS DURANTE O TESTE DE SOBRECARGA HIDRICA E A CURVA DE TENSAO DIARIA MODIFICADA

Objetivo

O objetivo principal deste estudo foi avaliar e comparar as características da pressão intraocular (PIO) entre o Teste de Sobrecarga Hídrica (TSH) e a Curva de Tensão Diária modificada (CTDm) em pacientes com glaucoma de ângulo aberto (GAA), usando tonometria multimodal. O objetivo secundário foi avaliar as alterações na pressão arterial, frequência cardíaca, tamanho da pupila e ângulo iridocorneano durante o TSH.

Método

Este é um estudo prospectivo, duplo-cego, de visita única realizado no Western Eye Hospital, Londres. Foram inclusos pacientes com GAA e excluídos pacientes submetidos a cirurgia de glaucoma. A CTDm foi realizada das 8:00 às 16:00 a cada 2 horas seguida pelo TSH com tonometria de aplanação de Goldmann e de rebote. Repetidas medidas de pressão arterial postural, frequência cardíaca, pupilometria e imagens de tomografia de coerência óptica do segmento anterior foram realizadas. A PIO máxima, amplitude e integral, definida como área sob o gráfico, foram comparadas entre os dois testes.

Resultado

Foram inclusos 42 olhos de 42 pacientes. A PIO basal média foi de 14,9 ± 4,52 mmHg, Foi encontrada forte associação entre a PIO máxima durante CTDm e o TSH (r=0,90, 95% CI 0,82-0,95 p<0,0001) com viés de concordância (CTDm-TSH) -0,82mmHg, 95% LoA -1,46 a -0,18. A PIO integral mostrou uma correlação significativa entre CTDm e TSH para máximo (r = 0,9), mínimo (r = 0,87), média (r = 0,93) e integral IOP (r = 0,91) Houve aumento significativo da pressão arterial sistólica média (p<0,0001) e ângulo iridocorneano temporal (p = 0,04). Não foi observado alteração significativa no diâmetro da pupila, reatividade da pupila, alteração da pressão arterial postural, espessura central da córnea ou ângulo iridocorneano nasal.

Conclusão

Este estudo encontrou forte correlação entre a PIO máxima e integral medida durante o CTDm e TSH usando tonometria multimodal, além de associação com vários parâmetros fisiológicos. Nossos resultados fornecem evidências de que o TSH é uma alternativa custo-efetiva ao mDTC.