Código
RC202
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Centro Universitário INTA
- Secundaria: Clínica de Especialidades Médicas de Itapipoca
Autores
- SEBASTIAO RIBEIRO DE CARVALHO NETO (Interesse Comercial: NÃO)
- Sara de Souza Aguiar (Interesse Comercial: NÃO)
- Adriana Kercia Santos Soares (Interesse Comercial: NÃO)
Título
COLOBOMA UNILATERAL ACOMETENDO IRIS E RETINA: UM RELATO DE CASO
Objetivo
Descrever o caso de um paciente adolescente, do sexo masculino, portador de coloboma de iris e retina em olho esquerdo associado a baixa acuidade visual (BAV).
Relato do Caso
Paciente do sexo masculino, 16 anos, estudante, pardo, compareceu ao ambulatório de oftalmologia da Clínica de Especialidades Médicas de Itapipoca (CEMI) queixando-se de BAV no olho esquerdo (OE). Ao exame oftalmológico apresentava acuidade visual (com correção) no olho direito (plano - 0,50 x 180): 20/20 e no olho esquerdo (não melhora com correção): percepção luminosa. Pressão intraocular (PIO) em OD: 16mmHg e OE: 16mmHg. Biomicroscopia de OE: Presença de coloboma de íris às 6h. OD: Normal. Realizados exames complementares: Retinografia do OE: coloboma coriorretiniano inferior à papila e OD: papila com escavação, contorno e coloração normais, mácula com brilho foveal normal, vasos com calibre normais e retina aplicada. O coloboma se caracteriza pela falta de qualquer porção de uma estrutura ocular, é uma condição rara de prevalência de 1/10.000 nascidos vivos, adquirida ou hereditária, unilateral ou bilateral. Decorrente de uma imperfeição no fechamento da fissura óptica que ocorre entre a 5º e a 7º semana de desenvolvimento fetal. Tem como sinais precoce a leucocoria, e pode acometer pálpebras, córnea, íris, corpo ciliar, coróide, retina e corpo óptico. São classificados em típicos e atípicos. As apresentações típicas, são mais comuns, e ocorrem em região nasal inferior e são originadas pelo não fechamento da fissura óptica. Os casos atípicos não têm causas esclarecidas e apresentam localizações diferentes a depender do caso.
Conclusão
Esta afecção, dependendo de sua localização e magnitude pode ser responsável por BAV, o que reforça a necessidade de exames oftalmológicos de rotina com o intuito de diagnóstico precoce e evitar possíveis complicações. Deve-se realizar exame oftalmológico completo e com atenção a possíveis associações com malformações e/ou síndromes.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801