Sessão de Relato de Caso


Código

RC221

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital de Olhos de Feira de Santana (CLIHON)

Autores

  • HERMELINO LOPES DE OLIVEIRA NETO (Interesse Comercial: NÃO)
  • HERMELINO LOPES DE OLIVEIRA NETO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Mateus Neves de Oliveira (Interesse Comercial: NÃO)
  • Mateus Neves de Oliveira (Interesse Comercial: NÃO)
  • Lucas Neves de Oliveira (Interesse Comercial: NÃO)
  • Lucas Neves de Oliveira (Interesse Comercial: NÃO)

Título

EDEMA MACULAR CISTOIDE BILATERAL POR SIFILIS: RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever um caso de edema macular bilateral.

Relato do Caso

Paciente masculino, 36 anos, encaminhado para avaliação oftalmológica em novembro/2022, com diagnóstico de doença macular e queixa de BAV em AO, predominantemente acometendo o OE. Alega HAS. Nega DM, alergias, cirurgia ocular, glaucoma, uso de medicamentos, uso de óculos ou lentes de contato. Ao exame oftalmológico, bulbos ortotróficos e ortotrópricos, com reflexos oculares preservados. AV c/c 0,25 OD e 0,16 OE. A fundoscopia revelou escavação fisiológica de 0,3 em AO, vasos normais, máculas com edema em AO e ausência de opacidade em periferia de AO. A OCT de AO demonstra presença de aumento da espessura da retina macular com ausência do contorno foveal e espaços císticos envolvendo as camadas intrarretinianas, quadro de edema macular cistoide (EMC) bilateral. Retornou em janeiro/2023 com resultados laboratoriais de VDRL ++ e FTA ABS++.O paciente foi encaminhado ao infectologista para tratamento de sífilis.

Conclusão

O acometimento ocular pela sífilis, uma apresentação da neurossífilis, está associado à perda funcional do olho e a complicações oculares e sistêmicas, podendo ocorrer em qualquer fase da doença. Suas manifestações mais comuns são uveíte posterior, panuveíte e acometimento do disco óptico. No paciente em questão, no entanto, o EMC se mostrou como o principal e único sinal remetente a neurossífilis, embora não pertença aos mais comuns. Em 2011, um estudo observou o desenvolvimento de EMC em menos de 20% dos pacientes com sífilis, não sendo ainda um acometimento primário. Em 1979, foi documentado o primeiro caso em que o EMC representou um sinal primário da neurossífilis e em 2018 foi publicado um caso em que o desenvolvimento de EMC deveu-se à resposta refratária ao tratamento da patologia. É imperativo que a identificação dos sinais seja precisa para que o paciente possa ter seu tratamento feito de maneira adequada, a fim de evitar os danos irreversíveis que podem ser causado, por exemplo, pelo EMC.

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

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