Código
RC229
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: UFCSPA
Autores
- ANA HELENA HIRATA CHOI (Interesse Comercial: NÃO)
- Rafaela Mallmann Saalfed (Interesse Comercial: NÃO)
- Leonardo Pérez Zeni (Interesse Comercial: NÃO)
Título
Estruturas ovóides hiperrefletivas peripapilares semelhantes a massas (PHOMS) associadas a pseudopapiledema em criança
Objetivo
PHOMS corresponde a uma massa ovóide hiperrefletiva peripapilar encontrada na Tomografia de Coerência Óptica (OCT) de nervo óptico. Classificam-se como: associada a ODD, a discos anômalos ou a edema de disco. Observadas em muitas doenças, como papiledema, ODD e discos inclinados, que compartilham um processo fisiopatológico de estase axonal e/ou hérnia. Não está claro se PHOMS indicam fator de risco independente para doenças ópticas e quais suas consequências às fibras nervosas. Neste relato, apresentamos o caso de uma criança de 12 anos com PHOMS associada a pseudopapiledema bilateral.
Relato do Caso
Paciente feminina, 12 anos, encaminhada por suspeita de edema setorial em olho direito (OD). Diagnóstico prévio de Síndrome de Deficiência Postural, em uso de correção cilíndrica -1.00 a 180º com prismas ativos em ambos os olhos (AO). Acuidade visual com correção referida de 20/20 AO e sem correção de 20/25 AO. Biomicroscopia sem particularidades. Reflexos pupilares preservados. Teste de Farnsworth D15 (teste cromático) sem alterações. Fundoscopia com elevação do setor nasal do disco óptico direito sem “velamento” de margens ou micro hemorragias. A OCT B-scan e a OCT C-scan revelaram corpos hiperrefletivos intradiscais AO, diagnosticando PHOMS. A ausência de fluidos à imagem também contribuiu para afastar hipertensão intracraniana (HIC), determinando PHOMS associada a pseudopapiledema.
Conclusão
O Copenhagen Child Cohort 200 Eye Study qualificou PHOMS como a causa mais comum de pseudopapiledema em crianças. No relato, OCT scan B e C não mostraram fluidos associados à presença dos corpos hiperrefletivos intradiscais, descartando HIC, e caracterizando, assim, um pseudopapiledema. Faz-se necessário investigar a presença ou não de pseudopapiledema na fundoscopia e em imagem, para correlacionar com o aparecimento de PHOMS. São importantes novos estudos para elucidar se tais corpos poderiam ser patogênese do edema setorial.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801