Código
RC170
Área Técnica
Órbita
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: UFRN
Autores
- LEANDRO AUGUSTO ROCHA CAVALCANTE (Interesse Comercial: NÃO)
- Mateus de Oliveira Araújo (Interesse Comercial: NÃO)
- Pedro Vinicius Aquino Chaves (Interesse Comercial: NÃO)
Título
DIPLOPIA E ASSIMETRIA DE ORBITAS TARDIA APOS TRAUMA CRANIANO: RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar caso de paciente atendido no Hospital Universitário Onofre Lopes, da UFRN, com história de trauma craniano há 10 anos com atual diplopia e assimetria de órbita de piora gradual e diagnóstico de mucocele de seio frontal por exame imagem.
Relato do Caso
Paciente, FAA, 27 anos, natural e procedente de Mossoró/RN, com queixa de percepção de assimetria ocular há 1 ano, progredindo para diplopia binocular progressiva há cerca de 8 meses sem baixa acuidade visual associada. Relata trauma de face com fraturas e deformidades ósseas há 10 anos, após acidente automobilístico, avaliado pela neurocirurgia com alta sem necessidade de intervenções cirúrgicas, e sem queixas oftalmológicas no período. Ao exame oftalmológico atual, apresenta pálpebra superior de olho esquerdo (OE) com edema e semiptose, além de assimetria de órbitas, com baixa posição da órbita esquerda (Imagem 1). Biomicroscopia, Tonometria e Fundoscopia sem alterações. Acuidade visual 20/20 em ambos os olhos. Ressonância magnética de órbitas e crânio atual (Imagem 2) com deformidade óssea, de provável natureza pós-traumática em região frontal esquerda, associada a formação cística da porção lateral esquerda do seio frontal para o interior da órbita, através de falha óssea no teto orbitário correspondente, ocupando o espaço extraconal superior, comprimindo e deslocando inferiormente os músculos extrínsecos adjacentes e o globo ocular. Conteúdo hiperproteico e de aspecto biloculado. Paciente foi submetido a nova avaliação conjunta com a Neurocirurgia, e indicada drenagem endoscópica da lesão.
Conclusão
Fraturas orbitarias são prevalentes nos serviços de saúde brasileiros, principalmente decorrente de acidentes automobilísticos e apresentando, na maior parte das vezes, sequelas oculares imediatas. A mucocele de seio frontal é uma complicação tardia rara, benigna, de caráter lentamente expansivo e localmente destrutivo que, dependendo da extensão, podem causar sintomas relacionados a compressão orbitária como os descritos. A drenagem endoscópica é a técnica de primeira escolha no tratamento.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801