Código
RC158
Área Técnica
Oncologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP
Autores
- FERNANDA PEREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- GABRIELA MOUSSE DE CARVALHO (Interesse Comercial: NÃO)
- Joacy Pedro Franco David (Interesse Comercial: NÃO)
Título
AVALIAÇAO MULTIMODAL DO HEMANGIOMA DIFUSO DE COROIDE PRE E POS TRATAMENTO
Objetivo
Descrever um caso raro de tumor vascular benigno da Coroide, sua evolução e tratamento.
Relato do Caso
Paciente 9 anos, masculino, procedente de Cuiabá, procurou assistência oftalmológica em sua cidade devido à história de diminuição lenta e progressiva da acuidade visual em olho esquerdo há um ano. Encaminhado para o HC em Ribeirão Preto para avaliação e tratamento. Á ectoscopia foi visualizado mancha em hemiface esquerda de coloração avermelhada ipsilateral ao hemangioma de coroide. Ao exame oftalmológico apresentou acuidade visual com melhor correção de 20/20 e movimentos de mãos no olho direito e esquerdo, respectivamente. O exame biomicroscópico do segmento anterior e a tonometria de aplanação de Goldmann foram normais em ambos os olhos. A oftalmoscopia binocular indireta do OE revelou disco óptico com limites imprecisos, além de descolamento de retina seroso total, presença de massa solitária sub-retiniana, localizada ao longo do trajeto da arcada temporal, acometendo a região macular. A retinografia do OD não mostrou anormalidades. Os achados presentes nos exames realizados foram consistentes com hemangioma de coroide difuso, descolamento de retina seroso e perda de acuidade visual em uma criança com síndrome de Sturge-Weber. O tumor foi tratado com injeção intravítrea de beta bloqueador associado com radioterapia externa.Seis meses após o tratamento, o OE demonstrou retina aplicada em todos os quadrantes e diminuição da espessura tumoral. A acuidade visual OE permaneceu movimento de mãos.
Conclusão
O propranolol foi popularizado para o tratamento do hemangioma capilar cutâneo da infância, e alguns autores propuseram seu uso para HCD. A radioterapia externa, em um total de 20 Gy, causa a reabsorção do descolamento na maioria dos casos, mas não a destruição total do tumor, uma vez que a arquitetura cavernosa destes tumores oferece mais resistência à radioterapia. Suspeitamos que o resultado visual ruim esteja parcialmente relacionado ao tumor diretamente, bem como ao DR de longa data com atrofia de fotorreceptores e ambliopia.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801