Sessão de Relato de Caso


Código

GR20

Área Técnica

Trauma/Urgências

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Autores

  • BRUNNO CIDADE DE LIMA (Interesse Comercial: NÃO)
  • ROSANE SILVESTRE DE CASTRO (Interesse Comercial: NÃO)
  • PRISCILA MONARO BIANCHINI (Interesse Comercial: NÃO)

Título

TRAUMA ORBITARIO TRANSFIXANTE COM ACOMETIMENTO DO NERVO OPTICO CONTRALATERAL

Objetivo

Relatar caso de trauma transfixante em órbita direita com apresentação de acuidade visual SPL em olho contralateral à despeito de globo ocular íntegro.

Relato do Caso

Homem, 67 anos, proveniente de Atibaia (SP), admitido no Hospital das Clínicas da Unicamp, vítima de acidente domiciliar com tronco de árvore em órbita direita. Consciente e orientado, ECG 15, com pedaço de tronco de árvore fincado em região medial de órbita direita. Ao exame, deformidade importante da órbita direita, sendo impossível avaliar e estimar acuidade visual deste olho. Olho esquerdo apresentando acuidade visual SPL, midríase fixa, PIO 14, motilidade ocular preservada. Disco óptico e retina sem alterações à fundoscopia. Submetido a TC de crânio que revelou múltiplas fraturas orbitárias, objeto com entrada em parede medial da órbita direita e término no trajeto posterior do canal óptico contralateral, com edema significativo adjacente. Globos oculares íntegros. Descartadas lesões de grandes vasos pela equipe de Neurocirurgia e lesões ameaçadoras de vida pela equipe do Trauma. Após discussão com equipe da Otorrinolaringologia, optado por início imediato de pulsoterapia com metilprednisolona a fim de redução do edema, além de antibioticoterapia e encaminhamento para centro cirúrgico. Realizada abordagem conjunta pelas duas equipes, por via endoscópica nasal para retirada do corpo estranho e desbridamento. No seguimento de 6 meses, apresentava acuidade visual de olho direito: 20/80 e de esquerdo: 20/160, enoftalmo e esotropia à direita, com diplopia binocular. Em seguimento ambulatorial com a equipe do Estrabismo e da Cirurgia Plástica, em aguardo de reconstrução orbitária.

Conclusão

Traumas orbitários penetrantes sempre são desafiadores. Sua grande maioria é unilateral e revela sua gravidade no exame à lâmpada de fenda. Neste caso, o acometimento visual contralateral apesar da integridade do globo ocular foi esclarecido somente após exame de imagem. A opção pela pulsoterapia com corticoide e abordagem multidisciplinar foram essenciais para preservação da visão em ambos os olhos.

Promotor

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Organização

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