Sessão de Relato de Caso


Código

GR02

Área Técnica

Catarata

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Fundação Altino Ventura (FAV)

Autores

  • MARIANA GURGEL CARVALHO DE SOUZA (Interesse Comercial: NÃO)
  • MARIA CLARA DE OLIVEIRA MAGALHÃES (Interesse Comercial: NÃO)
  • BRUNA VIEIRA VENTURA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PACIENTE POS-LASIK MIOPICO, AGORA COM CATARATA: DETALHES DE UM CASO RICO EM ENSINAMENTOS

Objetivo

Discorrer sobre caso de alto míope, pós-cirurgia refrativa, submetido à cirurgia de catarata com implante de lente intraocular de foco extendido (EDOF), que evoluiu com descolamento de retina (DR) após 4 meses de seguimento.

Relato do Caso

Homem, 48 anos, queixa de baixa de acuidade visual progressiva e desejo de independência dos óculos. Passado de LASIK miópico. Uso crônico de corticoide sistêmico para rinite alérgica. Acuidade visual (AV) binocular sem correção de 20/80; e AV corrigida no olho direito (OD) de 20/30 (-1,25 DE) e no olho esquerdo (OE) 20/60 (-1,25 DE). À biomicroscopia do OD, catarata nuclear +1/+4 e, em OE, catarata nuclear +1/+4 e subcapsular posterior +3/+4. Sem alterações no segmento posterior. Após realização de exames biométricos, verificou-se que era bom candidato para EDOF, objetivando maior independência visual funcional. No contexto de alta miopia, orientado quanto aos riscos e benefícios da facoemulsificação (FACO) e aos sinais de alerta para complicações, ressaltando a importância do acompanhamento. Submetido à FACO sem intercorrências perioperatórias, evoluindo com AV sem correção 20/20 para longe e J1 para perto, satisfeito com resultado cirúrgico. Após 4 meses, passou a apresentar flashes luminosos e moscas volantes no OD. Retornou à oftalmologista assistente após 3 dias, sendo identificando DR com mácula on e o paciente operado por especialista em retina no dia seguinte.

Conclusão

A indústria de LIOs dispõe de diversas modalidades para correção da presbiopia, inclusive em cenários desafiadores, tais qual o de pós-LASIK miópico. Entretanto, deve-se salientar ao paciente as possíveis complicações considerando o contexto clínico. No caso descrito, apesar de indicação cirúrgica por catarata, trata-se de paciente jovem, homem e com diâmetro anteroposterior aumentado, o que caracteriza população de maior risco de DR. Assim, dividir com o paciente a responsabilidade do seguimento no pós-operatório, bem como destacar sinais de alarme, é essencial para um bom desfecho.

Promotor

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Organização

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