Sessão de Relato de Caso


Código

RC092

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Quarteirão da Saúde de Diadema

Autores

  • JOSE EDUARDO FERREIRA DA COSTA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Gabriel Doria Camargo (Interesse Comercial: NÃO)
  • Luis Filipe de Mio Geara (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ASTROCITOMA PILOCITICO DE LOCALIZAÇAO ATIPICA ASSOCIADO A PARALISIA UNILATERAL DE IV PAR CRANIANO

Objetivo

Relatar caso de astrocitoma mesencefálico-talâmico de diagnóstico tardio complicado com paralisia de obliquo superior à esquerda.

Relato do Caso

Paciente masculino, 18 anos, apresentou-se ao serviço de oftalmologia com queixa de turvação visual há alguns meses. À ectoscopia verificou-se hemiparesia direita, déficit cognitivo e posição viciosa de cabeça sobre o ombro direito. Sua história patológica pregressa revelou massa em região mesencefálico-talâmica à esquerda, diagnosticada apenas aos 5 anos de idade, compatível com astrocitoma pilocítico grau I. Realizou radioterapia em 2012, além de ter se submetido à cirurgia para exérese tumoral em duas oportunidades. Durante seguimento com exame de imagem, em 2022, evidenciou-se crescimento tumoral e foi indicada radioterapia adjuvante. A acuidade visual com melhor correção manifestou visão de 0,6 à direita e 1,0 à esquerda, exibindo refração de -0,75 DE em OD e +0,75 -0,50 x 85° em OE. Ao exame da musculatura extrínseca ocular, notou-se hipertropia (+2/+4) em posição primária do olhar, (FOTO 2) associada à paralisia de obliquo superior à esquerda (FOTO 1) com sinal de Bielschowsky positivo, ao se pender a cabeça para o lado ipsilateral à paralisia (FOTO 2). O paciente, entretanto, negou queixas de diplopia. Ao exame pupilar, observaram-se reflexos pupilares atenuados e ausência de DPAR bilateralmente. A fundoscopia de ambos os olhos não evidenciou papiledema, tampouco sinais de hipertensão intracraniana, mas, apresentou palidez temporal do disco óptico, além de exciclotorção do olho direito (FOTO 1).

Conclusão

Dentre todas as neoplasias pediátricas, o tumor encefálico é aquele que, em média, demora mais tempo para ser diagnosticado. Ademais, são incomuns a localização dos astrocitomas em tronco cerebral, como neste caso relatado, bem como, menos frequentes suas manifestações estrabísmicas. Dessa forma, torna-se premente e imperiosa a busca por sintomas mais comuns, como cefaléia, astenia e vômito para se diagnosticar e intervir precocemente, minimizando sequelas e comorbidades para os pacientes.

Promotor

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Organização

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23 a 26 de Agosto de 2023 | Fortaleza/CE

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