Código
RC100
Área Técnica
Neuroftalmologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre
Autores
- RODRIGO FICHBEIN MARCON (Interesse Comercial: NÃO)
- MÔNICA MÂNICA (Interesse Comercial: NÃO)
- MARCELA FABIANA BORDABERRY (Interesse Comercial: NÃO)
Título
HIPERTENSAO INTRACRANIANA IDIOPATICA EM PACIENTE PEDIATRICO: CORRELAÇAO DE PAPILEDEMA COM CAMPIMETRIAS
Objetivo
O objetivo deste trabalho é relatar a evolução do tratamento de hipertensão intracraniana idiopática (HII), documentada com campimetria, em paciente pediátrico.
Relato do Caso
Paciente masculino, 11 anos, com diagnóstico de HII, foi encaminhado ao nosso serviço para investigação de papiledema. Nega queixas oculares ou cefaleia. Exame oftalmológico: acuidade visual (AV) 20/20 em ambos os olhos (AO), fundoscopia com papilas pálidas e bordos irregulares AO. Campimetria evidenciando ilha de visão central AO, papilografia demonstrando papiledema AO, conforme segue (imagem 1), e punção lombar (PL) com pressão de abertura de 900mmH2O. Em uso de Acetazolamida 500mg BID e Cloreto de potássio 600mg SID. Apresentou ganho ponderal de 10kg, sendo ajustada a dose da Acetazolamida para 500mg TID, obtendo melhora do papiledema e da campimetria (imagem 2). Após 6 meses, iniciou-se redução gradativa da Acetazolamida, passando para 125mg BID, atingindo estabilidade clínica.
Conclusão
A HII, na população pediátrica, é uma patologia de incidência desconhecida, supostamente auto-limitada. Em nosso paciente, a ausência de sintomas clássicos, como a cefaleia e escurecimento visual transitório, retardou o diagnóstico, que só foi confirmado após consulta oftalmológica solicitada pela escola. Sendo assim, reforça-se a importância do exame oftalmológico de rotina na faixa etária pediátrica e da campimetria como exame complementar acessível e de baixo custo para auxiliar no controle do tratamento. A Acetazolamida como fármaco de escolha para proteção de baixa acuidade visual (BAV) é essencial na terapêutica e o paciente deve ser acompanhado por especialista da Medicina Interna para evitar efeitos adversos metabólicos secundários.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801