Sessão de Relato de Caso


Código

GR01

Área Técnica

Catarata

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Instituto Paulista de Ensino e Pesquisa em Oftalmologia

Autores

  • RODRIGO CAPORRINO MOREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • ERIC PINHEIRO DE ANDRADE (Interesse Comercial: NÃO)
  • RENATO MAGALHÃES PASSOS (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ENDOFTALMITE CRONICA POR CANDIDA PARAPSILOSIS: UMA COMPLICAÇAO POS-OPERATORIA ATIPICA

Objetivo

Relatar o caso e o manejo de um paciente com endoftalmite por Candida parapsilosis vários meses após a cirugia de catarata.

Relato do Caso

S.G.S, 87 anos, fez cirurgia de catarata com implante de LIO há 1 ano. Encaminhado apresentando dor, vermelhidão e BAV em OD. Antecedente de DMRI cicatricial. Hipertenso e diabético. Negava traumas e doenças sistêmicas. Em uso de prednisolona (4/4h), moxifloxacino (1/1h) e, tropicamida (8/8h). Ao exame, AVcc MM em OD e CD1m em OE. À biomicroscopia, OD com hiperemia conjuntival, hipópio de 1mm, reação de CA e LIO tópica. OE sem alterações. À fundoscopia, OD com turvação de meios, cicatriz macular disciforme, retina aplicada e ausência de plastrão infeccioso. OE com cicatriz macular disciforme. Considerado provável panuveíte. E, apesar de não poder excluir a presença de endoftalmite por Propionibacterium acnes, foi indicado manutenção do tratamento e desmame de corticoide. Em reconsulta, apresentou piora das queixas. Biomicroscopia com sinéquias posteriores em 360˚ e reclusão pupilar. Assim, o diagnóstico de endoftalmite crônica por Propionibacterium acnes foi levantado sendo agendada a VVPP com coleta, explante da LIO e injeção intravítrea de vancomicina e ceftazidima. No dia anterior, evidenciou-se crescimento de massa gelatinosa esbranquiçada vindo da pupila, preenchendo quase toda CA, e um hipópio de 1mm. Após VVPP com o explante da LIO e do saco capsular, a análise de cultura foi positiva para Candida parapsilosis. Evoluiu para melhora com biomicroscopia demonstrando olho calmo, CA formada e arreativa, sem hipópio. Fundoscopia com vítreo limpo e retina aplicada. Optado por não iniciar antifúngico. Após 5 semanas, recebeu alta sendo orientado quanto a afacia e possibilidade de reabilitação visual posterior.

Conclusão

Complicação rara da cirurgia de catarata e está associada a alta taxa de perda visual. Nesse contexto, a Candida parapsilosis deve ser lembrada. Apesar de não haver um protocolo de tratamento, a VVPP precoce e retirada da LIO parecem trazer benefícios para esses pacientes.

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