Sessão de Relato de Caso


Código

RC120

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Regional de São José

Autores

  • RENAN NOLA SCHMOELLER (Interesse Comercial: NÃO)
  • DÂMARIS DE MARTINS E SOUZA (Interesse Comercial: NÃO)
  • EUGÊNIO RYOZO SHINZATO (Interesse Comercial: NÃO)

Título

RELATO DE CASO: DOENÇA DE LYME COM ACOMETIMENTO NEUROFTALMOLOGICO

Objetivo

Relatar caso de doença neuroftalmológica relacionada a Doença de Lyme

Relato do Caso

FMGG, feminina, 21 anos, trabalhadora rural, buscou atendimento em emergência com queda de acuidade visual bilateral e perda de contraste de cores, há 4 meses, com piora recente. História de aborto com 28 semanas de gestação. Sem sintomas sistêmicos. Traz retinografia evidenciando estrela macular e sorologias para Bartonella negativos. Ao exame, com AV 0,1 em olho direito e conta-dedos 40cm em olho esquerdo. Biomicroscopia sem alterações. A fundoscopia, edema de disco óptico, exsudatos duros peridiscais, embainhamento vascular difuso, dobras retinianas maculares, possíveis shunts vasculares e aumento de tortuosidade vascular, bilateral. Ao exame de tomografia computadorizada de crânio e órbitas sem alterações. Sorologias para sífilis, HIV, hepatites e toxoplasmose negativos. Sorologias IgG positivas para citomegalovírus, varicela-zóster e herpes simples, com IgM negativos e exame de HLA-B51 positivo, sem outros comemorativos para doença de Behçet. Em investigação, evidenciado sinais de hipertensão intracraniana e seqüela de trombose venosa parcialmente recanalizada de seios sagital superior, transversos, sigmóides e veias jugulares internas. Punção lombar sem alterações e sem presença de sinais sugestivos de hipertensão intracraniana idiopática. Descartado trombofilias e iniciado anticoagulação. Manteve acompanhamento neuroftalmológico e entre os exames pendentes, sorologia IgM fortemente reator para Borrelia burgdorfeli. Caso rediscutido com equipe de infectologia, que corroborou diagnóstico de doença de Lyme com acometimento neuroftalmológico. Optado por tratamento com doxiciclina por 3 semanas. Em avaliação posterior, apresentou AV 0,3 em ambos os olhos, com resolução do quadro, mantendo palidez bilateral de discos ópticos.

Conclusão

Apesar de ser uma doença rara, a doença de Lyme deve ser considerada como diagnóstico diferencial em casos de neurorretinite, principalmente em paciente com quadro epidemiológico compatíveis.

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

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67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

23 a 26 de Agosto de 2023 | Fortaleza/CE

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